A flexibilidade no trabalho tem sido uma alternativa que as empresas encontraram para conquistar a satisfação dos colaboradores. Por ser uma maneira de horizontalizar a hierarquia organizacional, a tendência torna a relação entre líderes e liderados muito mais fluida.
Segundo a pesquisa “Flexibilidade no Mercado de Trabalho”, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em 2017, 73% dos brasileiros queriam ter expedientes menos rígidos.
Neste post, mostraremos como funciona a flexibilidade no trabalho, os tipos possíveis de aplicação nas empresas e os benefícios que a prática oferece para a organização e para os colaboradores. Continue a leitura e descubra se o expediente flexível pode ser adotado no seu negócio.
O que é flexibilidade no trabalho?
Trata-se da oportunidade de decidir as regras e condições da própria rotina. Assim, o profissional tem liberdade para definir de onde quer trabalhar, em qual horário e, até mesmo, o dress code.
Nesse sentido, a flexibilidade no trabalho é uma relação pautada pela confiança, como pilar da cultura organizacional. É uma situação onde a empresa dá autonomia ao colaborador por acreditar nele ou na equipe.
No entanto, essa independência exige responsabilidade. É possível que a opinião do profissional seja requerida com mais frequência pelos gestores, por exemplo. Ainda, o colaborador deverá participar mais das decisões internas.
Quais os benefícios da flexibilidade no trabalho?
Adotar a flexibilidade no trabalho é benéfico para a empresa e para os funcionários. A seguir, listamos as principais vantagens.
Satisfação e produtividade
A liberdade de ter uma carga horária menos rígida aumenta a motivação dos colaboradores para cumprir as demandas. Sendo assim, o profissional sente mais satisfação em trabalhar, abrindo espaço para a criatividade, podendo inovar e resolver problemas.
Aumento da produtividade
A possibilidade de organizar a rotina trabalhando de casa, do escritório ou na modalidade anywhere office, permite que o profissional invista sua energia em horários que sejam realmente produtivos.
Isso porque, a flexibilidade permite ao colaborador trabalhar conforme o próprio ritmo, organizando a rotina produtiva da maneira que melhor lhe convém. Assim, ele consegue conciliar vida profissional e pessoal, reservando espaço para atividades pessoais.
Atração e retenção de talentos
Empresas que oferecem a possibilidade de escolher os próprios horários atraem profissionais com mais facilidade. Além de aumentarem a retenção de talentos, pois a flexibilidade é benéfica para o clima organizacional como um todo.
Nesse sentido, ter uma política de trabalho mais livre é um dos benefícios corporativos mais procurados, especialmente pelos millennials. Como resultado, a organização percebe diminuir os índices de rotatividade e de absenteísmo.
Redução de custos
Se a empresa optar por expedientes realizados parte em casa, parte na empresa, sentirá os benefícios no caixa. A flexibilização diminui custos com material de escritório, com vale-transporte e vale-alimentação. Sem contar na diminuição dos atrasos, das doenças no trabalho e licenças, especialmente para tratar da saúde mental.
Como saber se vale a pena implementar a flexibilidade no trabalho?
Antes de adotar a flexibilidade no trabalho, a Gestão de Pessoas deve considerar duas questões: o tipo de atividade que a organização desenvolve e o perfil dos colaboradores. Isso porque, apesar dos benefícios, essa prática não atende as necessidades de todas as empresas.
Para exemplificar, considere um negócio voltado ao suporte técnico de informática. Para garantir os serviços, especialmente em horários críticos, a empresa precisa contar com profissionais nos três turnos, se possível, durante 24h.
Ainda, agências bancárias são locais onde a flexibilidade de trabalho torna-se mais difícil de implementar, justamente pela necessidade de oferecer atendimento ao público em horário comercial.
A segunda questão também é importante. A diversidade de perfis nas empresas pede atenção e estratégia do RH. Isso porque, enquanto alguns colaboradores se adaptam bem à liberdade do home office, outros preferem ter um horário fixo de trabalho.
Por isso, o RH deve conhecer o perfil dos colaboradores para identificar quais conseguirão se habituar, estipulando as próprias regras sem perder a produtividade. Além de fazer o mapeamento comportamental utilizando um software de RH, ouvir feedbacks das equipes é fundamental para confirmar quem está preparado para a experiência.
Quais os tipos básicos de flexibilidade no trabalho?
Partindo da premissa que o tipo de negócio e o perfil dos colaboradores suportam essa inovação, o RH deve decidir qual modelo é mais útil para a empresa. Existem três tipos de flexibilidade no trabalho:
- Fixo Variável: a organização propõe diferentes opções de turnos e o colaborador escolhe em quais (ou qual) prefere trabalhar;
- Variável: a empresa permite que o funcionário defina seus horários de entrada e de saída, desde que a jornada seja cumprida todos os dias;
- Livre: a Gestão de Pessoas estabelece uma carga horária diária ou semanal e o colaborador tem a liberdade de decidir sua jornada. A exigência da empresa, no entanto, é o cumprimento total das horas pré-combinadas.
Conclusão
Por fim, independente do tipo de flexibilização que a empresa escolher, o RH deve estabelecer um ambiente de trabalho saudável, voltado ao bem-estar de seus profissionais.
Após entender como funciona a flexibilidade no trabalho, basta analisar se essa possibilidade é viável para a sua empresa. Para tanto, considere o tipo de negócio que ela desenvolve e, principalmente, o perfil comportamental dos times.
É importante observar essas questões porque, apesar dos benefícios, a tendência não é válida para todos. Afinal, as pessoas têm rotinas produtivas diferentes e se adaptam melhor em situações distintas.
Lembrando que a adoção de uma rotina adaptável pode começar gradualmente, beneficiando pequenos grupos até que toda a equipe fique inteirada sobre a flexibilidade no trabalho. Se você gostou do conteúdo, aproveite para assinar a newsletter do RH Portal e receber novidades sobre o assunto.