Como contratar mulheres na área tech?

Como contratar mulheres na área tech?

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Descrição sobre o Talk

As equipes de desenvolvimento ainda têm mais homens do que mulheres. Mas como mudar isso através do recrutamento e seleção? O nosso #03 RecrutaTech usou o mês das mulheres e a série “Mulheres na Tecnologia” para explorar o tema “Como contratar mulheres na área tech?”. Veja um resumo neste conteúdo.

Eu sou Lorena Resende, analista de mídias sociais da Coodesh, e conversei com a tech recruiter e talent acquisition da Coodesh, Isabela Santiago. Como ela é psicóloga e está diretamente ligada à área de recrutamento tech, a conversa evoluiu para entendermos as raízes do problema: por que há menos mulheres presentes nos times de desenvolvimento e o que pode ser feito?

Como está a presença feminina nas equipes de desenvolvimento?

Ainda é baixa a presença feminina nas equipes de desenvolvimento. Isabela Santiago trouxe uma pesquisa que aponta que apenas 32% das pessoas dos times de tecnologia são mulheres. Apesar disso, essa participação cresceu 60% nos últimos cinco anos.

Segundo Isabela Santiago, é comum encontrarmos candidatas mulheres nas carreiras de designer (UX/UI) e de Analista de Qualidade (QA), por exemplo, mas não desenvolvedoras e programadoras.

E quando se fala em mulheres na liderança, então, essa participação também é baixa em termos quantitativos. Apenas 35% dos cargos de liderança na área de tecnologia são ocupados por mulheres.

Infelizmente, as mulheres carregam muitos estigmas. É comum vermos no LinkedIn relatos de mulheres que passam por perguntas como: “Você tem filhos?” na entrevista de emprego, sempre emendada da questão: “Quem cuida deles enquanto você trabalha?”.

Além disso, existe um certo tabu ao pensar que a mulher é vinculada à área de Humanas e não de Exatas, e que somos tomadas por “afeto” e não possuímos pensamento lógico e crítico.

Como contratar mulheres na área tech com ações afirmativas?

É bom lembrar que a participação de mulheres na tecnologia ainda está aquém do desejado não por “culpa” dos tech recruiters, mas de toda a cadeia de contratação. Um desses fatores é a falta de uma política inclusiva em grande parte das empresas através de ações afirmativas.

Para Isabela Santiago, é recomendado que as empresas adotem políticas de diversidade e inclusão para contratar mulheres na área tech. Supondo que falte alguma skill na candidata mulher, a empresa precisa assumir a filosofia de empresa academy e capacitar esta profissional. Dessa forma, a organização terá equipes mais plurais.  

Existem vagas de emprego em aberto na área tech, como lembra Isabela Santiago, porém é importante trabalhar internamente a questão da promoção de ações afirmativas e capacitação de profissionais mulheres.

Eu penso também que as empresas precisam trabalhar objetivos, definir metas de contratação de mulheres e estabelecer métricas de acompanhamento para ter equipes diversas e inclusivas.

Por exemplo, se a minha equipe de desenvolvedores tem 30% de mulheres, o que fazer para melhorar esses números e equilibrar a composição do time? Nesse sentido, é muito importante a participação da liderança e dos gestores para desenvolver ações de inclusão e estimular toda a equipe para receber mulheres na tecnologia.

Felizmente, as empresas têm adotado ações afirmativas. E há casos de empresas da área tech que têm isso como norte nas contratações. Isabela Santiago citou o caso da Microsoft, por exemplo, que a cada três candidatos que chegam à final de um processo seletivo, pelo menos uma pessoa deve ser mulher.

Essa não é uma tarefa fácil por conta do baixo número de candidatas. Mas é interessante que o tech recruiter faça uma busca ativa nos perfis e crie conexão com as comunidades de mulheres na tecnologia.

Pronomes neutros nas vagas

Eu acredito que as ações afirmativas são muito importantes. Mas também é importante pensar na inclusão já a partir da divulgação da vaga. Por isso, o uso de pronomes neutros é uma boa saída.

Pronome neutro é aquele que tem uma terceira letra para além do “a” e do “o” como vogal temática. No caso da área de desenvolvimento, é interessante usar “pessoa desenvolvedora” em vez de “desenvolvedor” ou ainda “developer” que é o termo em inglês.

Afinal, quando as candidatas veem terminologias masculinas na vaga, podem ficar inseguras de se candidatarem.

Mulheres na liderança

Além disso, empresas e startups com mulheres como CEOs ou outros cargos de liderança acabam incentivando outras mulheres a participarem dos processos seletivos.

Mais do que isso, como comentou Isabela Santiago, as desenvolvedoras acabam se sentindo representadas e motivadas a também ocuparem cargos de liderança.

Como contratar mulheres na área tech e trabalhar a marca empregadora?

A contratação de mulheres na área tech também está relacionada ao employer branding (marca empregadora) da organização.

Nesse sentido, é interessante tomar algumas medidas, como criar um comitê interno de diversidade, fazer grupos de estudos, adotar ações afirmativas e trabalhar uma abordagem plural quando for anunciar uma oportunidade de emprego. Isso é válido para os canais de comunicação, também, como redes sociais e blog.

Como lembra Isabela Santiago, além dessas ações, é importante pensar na experiência da candidata, garantindo que a pessoa esteja inserida, recebendo os devidos feedbacks do início ao fim do processo.

LEIA TAMBÉM - Baixe grátis o e-book mais completo de vagas afirmativas que você já viu

Conclusão

Contratar mulheres na área tech é um passo importante para promover a diversidade e a inclusão na equipe, trazendo diferentes visões para o produto e sucesso nos resultados. Aproveite para rever nossos talks voltados às mulheres na tecnologia e para fazer seu cadastro como pessoa desenvolvedora na nossa plataforma.

Por Lorena Resende

Descrição sobre o Talk

As equipes de desenvolvimento ainda têm mais homens do que mulheres. Mas como mudar isso através do recrutamento e seleção? O nosso #03 RecrutaTech usou o mês das mulheres e a série “Mulheres na Tecnologia” para explorar o tema “Como contratar mulheres na área tech?”. Veja um resumo neste conteúdo.

Eu sou Lorena Resende, analista de mídias sociais da Coodesh, e conversei com a tech recruiter e talent acquisition da Coodesh, Isabela Santiago. Como ela é psicóloga e está diretamente ligada à área de recrutamento tech, a conversa evoluiu para entendermos as raízes do problema: por que há menos mulheres presentes nos times de desenvolvimento e o que pode ser feito?

Como está a presença feminina nas equipes de desenvolvimento?

Ainda é baixa a presença feminina nas equipes de desenvolvimento. Isabela Santiago trouxe uma pesquisa que aponta que apenas 32% das pessoas dos times de tecnologia são mulheres. Apesar disso, essa participação cresceu 60% nos últimos cinco anos.

Segundo Isabela Santiago, é comum encontrarmos candidatas mulheres nas carreiras de designer (UX/UI) e de Analista de Qualidade (QA), por exemplo, mas não desenvolvedoras e programadoras.

E quando se fala em mulheres na liderança, então, essa participação também é baixa em termos quantitativos. Apenas 35% dos cargos de liderança na área de tecnologia são ocupados por mulheres.

Infelizmente, as mulheres carregam muitos estigmas. É comum vermos no LinkedIn relatos de mulheres que passam por perguntas como: “Você tem filhos?” na entrevista de emprego, sempre emendada da questão: “Quem cuida deles enquanto você trabalha?”.

Além disso, existe um certo tabu ao pensar que a mulher é vinculada à área de Humanas e não de Exatas, e que somos tomadas por “afeto” e não possuímos pensamento lógico e crítico.

Como contratar mulheres na área tech com ações afirmativas?

É bom lembrar que a participação de mulheres na tecnologia ainda está aquém do desejado não por “culpa” dos tech recruiters, mas de toda a cadeia de contratação. Um desses fatores é a falta de uma política inclusiva em grande parte das empresas através de ações afirmativas.

Para Isabela Santiago, é recomendado que as empresas adotem políticas de diversidade e inclusão para contratar mulheres na área tech. Supondo que falte alguma skill na candidata mulher, a empresa precisa assumir a filosofia de empresa academy e capacitar esta profissional. Dessa forma, a organização terá equipes mais plurais.  

Existem vagas de emprego em aberto na área tech, como lembra Isabela Santiago, porém é importante trabalhar internamente a questão da promoção de ações afirmativas e capacitação de profissionais mulheres.

Eu penso também que as empresas precisam trabalhar objetivos, definir metas de contratação de mulheres e estabelecer métricas de acompanhamento para ter equipes diversas e inclusivas.

Por exemplo, se a minha equipe de desenvolvedores tem 30% de mulheres, o que fazer para melhorar esses números e equilibrar a composição do time? Nesse sentido, é muito importante a participação da liderança e dos gestores para desenvolver ações de inclusão e estimular toda a equipe para receber mulheres na tecnologia.

Felizmente, as empresas têm adotado ações afirmativas. E há casos de empresas da área tech que têm isso como norte nas contratações. Isabela Santiago citou o caso da Microsoft, por exemplo, que a cada três candidatos que chegam à final de um processo seletivo, pelo menos uma pessoa deve ser mulher.

Essa não é uma tarefa fácil por conta do baixo número de candidatas. Mas é interessante que o tech recruiter faça uma busca ativa nos perfis e crie conexão com as comunidades de mulheres na tecnologia.

Pronomes neutros nas vagas

Eu acredito que as ações afirmativas são muito importantes. Mas também é importante pensar na inclusão já a partir da divulgação da vaga. Por isso, o uso de pronomes neutros é uma boa saída.

Pronome neutro é aquele que tem uma terceira letra para além do “a” e do “o” como vogal temática. No caso da área de desenvolvimento, é interessante usar “pessoa desenvolvedora” em vez de “desenvolvedor” ou ainda “developer” que é o termo em inglês.

Afinal, quando as candidatas veem terminologias masculinas na vaga, podem ficar inseguras de se candidatarem.

Mulheres na liderança

Além disso, empresas e startups com mulheres como CEOs ou outros cargos de liderança acabam incentivando outras mulheres a participarem dos processos seletivos.

Mais do que isso, como comentou Isabela Santiago, as desenvolvedoras acabam se sentindo representadas e motivadas a também ocuparem cargos de liderança.

Como contratar mulheres na área tech e trabalhar a marca empregadora?

A contratação de mulheres na área tech também está relacionada ao employer branding (marca empregadora) da organização.

Nesse sentido, é interessante tomar algumas medidas, como criar um comitê interno de diversidade, fazer grupos de estudos, adotar ações afirmativas e trabalhar uma abordagem plural quando for anunciar uma oportunidade de emprego. Isso é válido para os canais de comunicação, também, como redes sociais e blog.

Como lembra Isabela Santiago, além dessas ações, é importante pensar na experiência da candidata, garantindo que a pessoa esteja inserida, recebendo os devidos feedbacks do início ao fim do processo.

LEIA TAMBÉM - Baixe grátis o e-book mais completo de vagas afirmativas que você já viu

Conclusão

Contratar mulheres na área tech é um passo importante para promover a diversidade e a inclusão na equipe, trazendo diferentes visões para o produto e sucesso nos resultados. Aproveite para rever nossos talks voltados às mulheres na tecnologia e para fazer seu cadastro como pessoa desenvolvedora na nossa plataforma.

Por Lorena Resende

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As equipes de desenvolvimento ainda têm mais homens do que mulheres. Mas como mudar isso através do recrutamento e seleção? O nosso #03 RecrutaTech usou o mês das mulheres e a série “Mulheres na Tecnologia” para explorar o tema “Como contratar mulheres na área tech?”. Veja um resumo neste conteúdo.

Eu sou Lorena Resende, analista de mídias sociais da Coodesh, e conversei com a tech recruiter e talent acquisition da Coodesh, Isabela Santiago. Como ela é psicóloga e está diretamente ligada à área de recrutamento tech, a conversa evoluiu para entendermos as raízes do problema: por que há menos mulheres presentes nos times de desenvolvimento e o que pode ser feito?

Como está a presença feminina nas equipes de desenvolvimento?

Ainda é baixa a presença feminina nas equipes de desenvolvimento. Isabela Santiago trouxe uma pesquisa que aponta que apenas 32% das pessoas dos times de tecnologia são mulheres. Apesar disso, essa participação cresceu 60% nos últimos cinco anos.

Segundo Isabela Santiago, é comum encontrarmos candidatas mulheres nas carreiras de designer (UX/UI) e de Analista de Qualidade (QA), por exemplo, mas não desenvolvedoras e programadoras.

E quando se fala em mulheres na liderança, então, essa participação também é baixa em termos quantitativos. Apenas 35% dos cargos de liderança na área de tecnologia são ocupados por mulheres.

Infelizmente, as mulheres carregam muitos estigmas. É comum vermos no LinkedIn relatos de mulheres que passam por perguntas como: “Você tem filhos?” na entrevista de emprego, sempre emendada da questão: “Quem cuida deles enquanto você trabalha?”.

Além disso, existe um certo tabu ao pensar que a mulher é vinculada à área de Humanas e não de Exatas, e que somos tomadas por “afeto” e não possuímos pensamento lógico e crítico.

Como contratar mulheres na área tech com ações afirmativas?

É bom lembrar que a participação de mulheres na tecnologia ainda está aquém do desejado não por “culpa” dos tech recruiters, mas de toda a cadeia de contratação. Um desses fatores é a falta de uma política inclusiva em grande parte das empresas através de ações afirmativas.

Para Isabela Santiago, é recomendado que as empresas adotem políticas de diversidade e inclusão para contratar mulheres na área tech. Supondo que falte alguma skill na candidata mulher, a empresa precisa assumir a filosofia de empresa academy e capacitar esta profissional. Dessa forma, a organização terá equipes mais plurais.  

Existem vagas de emprego em aberto na área tech, como lembra Isabela Santiago, porém é importante trabalhar internamente a questão da promoção de ações afirmativas e capacitação de profissionais mulheres.

Eu penso também que as empresas precisam trabalhar objetivos, definir metas de contratação de mulheres e estabelecer métricas de acompanhamento para ter equipes diversas e inclusivas.

Por exemplo, se a minha equipe de desenvolvedores tem 30% de mulheres, o que fazer para melhorar esses números e equilibrar a composição do time? Nesse sentido, é muito importante a participação da liderança e dos gestores para desenvolver ações de inclusão e estimular toda a equipe para receber mulheres na tecnologia.

Felizmente, as empresas têm adotado ações afirmativas. E há casos de empresas da área tech que têm isso como norte nas contratações. Isabela Santiago citou o caso da Microsoft, por exemplo, que a cada três candidatos que chegam à final de um processo seletivo, pelo menos uma pessoa deve ser mulher.

Essa não é uma tarefa fácil por conta do baixo número de candidatas. Mas é interessante que o tech recruiter faça uma busca ativa nos perfis e crie conexão com as comunidades de mulheres na tecnologia.

Pronomes neutros nas vagas

Eu acredito que as ações afirmativas são muito importantes. Mas também é importante pensar na inclusão já a partir da divulgação da vaga. Por isso, o uso de pronomes neutros é uma boa saída.

Pronome neutro é aquele que tem uma terceira letra para além do “a” e do “o” como vogal temática. No caso da área de desenvolvimento, é interessante usar “pessoa desenvolvedora” em vez de “desenvolvedor” ou ainda “developer” que é o termo em inglês.

Afinal, quando as candidatas veem terminologias masculinas na vaga, podem ficar inseguras de se candidatarem.

Mulheres na liderança

Além disso, empresas e startups com mulheres como CEOs ou outros cargos de liderança acabam incentivando outras mulheres a participarem dos processos seletivos.

Mais do que isso, como comentou Isabela Santiago, as desenvolvedoras acabam se sentindo representadas e motivadas a também ocuparem cargos de liderança.

Como contratar mulheres na área tech e trabalhar a marca empregadora?

A contratação de mulheres na área tech também está relacionada ao employer branding (marca empregadora) da organização.

Nesse sentido, é interessante tomar algumas medidas, como criar um comitê interno de diversidade, fazer grupos de estudos, adotar ações afirmativas e trabalhar uma abordagem plural quando for anunciar uma oportunidade de emprego. Isso é válido para os canais de comunicação, também, como redes sociais e blog.

Como lembra Isabela Santiago, além dessas ações, é importante pensar na experiência da candidata, garantindo que a pessoa esteja inserida, recebendo os devidos feedbacks do início ao fim do processo.

LEIA TAMBÉM - Baixe grátis o e-book mais completo de vagas afirmativas que você já viu

Conclusão

Contratar mulheres na área tech é um passo importante para promover a diversidade e a inclusão na equipe, trazendo diferentes visões para o produto e sucesso nos resultados. Aproveite para rever nossos talks voltados às mulheres na tecnologia e para fazer seu cadastro como pessoa desenvolvedora na nossa plataforma.

Por Lorena Resende

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