Design Thinking: abordagem focada no processo criativo

Você conhece o Design Thinking ou Pensamento de Design? Na prática, ele é uma abordagem de pensamento criativo que saiu do mundo do design para o dos negócios e para o desenvolvimento de produtos tecnológicos. Mas por que ele é tão importante e como aplicá-lo?

Dando prosseguimento à nossa série sobre as metodologias ágeis (clique aqui para conhecer as demais), o Design Thinking pode ser considerado uma delas. Por ser muito amplo, vamos tratar aqui da abordagem nas equipes tech e imaginar como encaixar essa metodologia no desenvolvimento de softwares.

Portanto, se você está começando a codar e quer aprimorar os seus conhecimentos para os processos de recrutamento nas empresas de inovação, acompanhe este artigo até o fim para conhecer um resumo do Design Thinking.

O que é Design Thinking?

Existe uma vasta literatura sobre o assunto, cursos rápidos e conteúdos na internet sobre o Design Thinking. Mas o que você precisa saber, resumidamente, é que ele é um método de trabalho focado na necessidade do cliente.

Não é por acaso que os produtos da Apple são tão assertivos perante o seu público, pois a companhia usa os preceitos do Pensamento de Design nos lançamentos.

Contudo, não estamos falando apenas de estética. Embora a metodologia tenha o nome centrado no no design, a abordagem vai além. Isso porque, em todo processo de criação, devemos nos colocar no lugar do usuário final para verificar os pontos fortes e fracos do produto a fim de melhorar.

Como foi a criação da abordagem?

A criação do Design Thinking é atribuída a David Kelley (empresário, engenheiro, designer e professor) e Tim Brown (empresário e designer), personalidades do Vale do Silício. Hoje estão envolvidos na empresa de consultoria IDEO, atuante na área de inovação tecnológica.

Você certamente já ouviu falar de Brown, autor do livro “Design Thinking – uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas ideias”. A obra, lançada em 2009, é a “bíblia” dos adeptos dessa metodologia.

No entanto, as ideias originais dessa abordagem estavam presentes desde o início do século passado. Isso porque o embasamento se encontra no movimento Bauhaus, iniciado em 1919 na Alemanha.

Abrindo um parênteses, o movimento Bauhaus originou-se na Escola de Arte Bauhaus, que foi a primeira escola de design do mundo. Enfim, o movimento pregava que o design moderno deveria buscar formas mais simples e sempre pautadas pela função do objeto ou produto.

Sendo assim, você não precisa “reinventar a roda”, mas sim focar no atendimento às necessidades do usuário para somente então pensar nas funcionalidades e na estética.

Como implantar o Design Thinking nos processos da empresa?

Como você viu até aqui, o Design Thinking é uma metodologia que prima pela experiência do usuário, criada nos anos 2000 com base em conhecimentos desenvolvidos no movimento Bauhaus, de 1919.

Mas você deve estar pensando: como vivenciar o Pensamento de Design na empresa? Em primeiro lugar é importante implementar uma estrutura que favoreça o pensamento criativo. Sendo assim, é fundamental no ambiente corporativo manter canais abertos para sugestões e oferecer um ambiente de trabalho agradável, focado nas descobertas.

Outro destaque vai para as equipes multidisciplinares. É muito importante que o produto receba reflexões de maneira plural, com a avaliação de todos os representantes de cada área.

Mas, acima de tudo, compreenda que existem 4 etapas e 3 premissas importantes nesta abordagem. Desse modo, veja a seguir cada uma delas:

1.      Imersão

Como o nome sugere, trata da imersão da equipe multidisciplinar no problema. Nesse momento é importante realizar uma análise SWOT (mapeando ameaças, oportunidades, fraquezas e fofas) e entender tudo o que envolve o negócio do cliente e o seu produto.

2.      Ideação

equipe realizando etapa do Design Thinking
É interessante realizar brainstorms com as pessoas da equipe

A partir da imersão, surgirão ideias com base no que precisa ser valorizado e no que pode ser destacado. Por consequência, neste momento é importante realizar brainstorms entre a equipe, além de trazer novos insights que aumentem as chances de sucesso do projeto.

3.      Prototipação

Agora que já foi feita a imersão e a ideação, é hora de prototipar. É bom lembrar que o Design Thinking não tem compromisso com o medo de errar.

Por isso, entre os preceitos dessa abordagem estão a flexibilidade e a iteração. Lembrando que a iteração é marcada pelo processo de “ir e voltar”, ou seja, a cada entrega há um feedback e o ajuste necessário para reduzir o risco de falhas.  

4.      Desenvolvimento

Passadas as etapas anteriores, é hora do desenvolvimento. Assim, é chegado o momento de tirar tudo do papel para colocar o produto (um software ou um aplicativo) em funcionamento perante o seu público.

Justamente por essa razão, recomenda-se seguir 3 premissas para nortear todo o processo. Saiba quais são elas na sequência.

Premissas

  1. É um processo não linear, ou seja, é um ciclo de aprendizado, desenvolvimento e testes e não algo estanque;
  2. Deve-se mergulhar nas necessidades do usuário para entender o que oferecer;
  3. Unir desejabilidade, viabilidade e possibilidade.

Para compreender melhor a terceira premissa é bom levar em conta que desejabilidade significa o quanto o produto ou serviço é desejado no mercado. Em segundo lugar, a viabilidade mede se a solução é viável ou não. Ao passo que o terceiro lugar indica que é possível ou não criar o produto nos moldes desejados.

Conclusão

Em suma, o Design Thinking é uma abordagem centrada no ser humano e, por isso, obtém bons resultados e atrai tantos interessados em seu estudo.

Portanto, se você está começando agora como developer e quer enriquecer o seu currículo, adquirindo mais conhecimento para as entrevistas técnicas, vale a pena estudar esta área, já que ela é tão presente nas equipes tech.

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Percebemos, no dia a dia, que há empresas que especificam as metodologias adotadas para selecionar as pessoas candidatas mais alinhadas à empresa. Sendo assim, aprimore seus conhecimentos e impressione os(as) recrutadores(as).

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