Vivências e desafios de uma Product Owner mulher

Vivências e desafios de uma Product Owner mulher

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Descrição sobre o Talk

Ser Product Owner mulher é encarar desafios diários que ganham um ingrediente extra quando se é nova ou se está em busca do primeiro emprego. Embora o mercado esteja se abrindo, ainda existe muito a ser melhorado. Para falar sobre a presença de mulheres na tecnologia, o #17 Coodesh DevTalks trouxe o tema “Sendo uma mulher Product Owner”.

Eu sou Lorena Resende, analista de mídias sociais na Coodesh, e conversei com a Daniele Paula, Product Owner ou PO, como queiram, na DTI Digital. Ela contou como foi sua experiência na faculdade, na busca pelo estágio e sua vivência hoje em dia.

Infelizmente, o machismo estrutural ainda causa desconforto para mulheres nesta profissão, mas a busca por equipes mais plurais e diversas continua. Portanto, acompanhe uma síntese do bate-papo que rolou ao vivo nas redes sociais da Coodesh.

“Perfil” da turma de Sistemas da Informação

Quando Daniele Paula entrou na faculdade de Sistemas de Informação, em 2013, ela ouviu de um professor que não era o “perfil” da turma e que era muito “bonequinha” para a profissão.

Em sua turma, de aproximadamente 40 pessoas, havia apenas 5 mulheres. A nossa convidada, que já enfrentava uma nova realidade porque saiu do interior para estudar na capital mineira, ainda precisou conviver com o preconceito por ser mulher.

Mas, felizmente, isso não a impediu de crescer profissionalmente. Ela concluiu a graduação em Sistemas de Informação e pós-graduação em Agile Coach (ambos pela PUC-MG) e atualmente está cursando MBA em Digital Business pela USP, aos 26 anos.

Profissão ainda distante da realidade da maioria das pessoas

Explicar o que um médico ou um advogado faz é fácil, mas traduzir o que uma Product Owner mulher faz é mais difícil, servindo como uma barreira até mesmo dentro da sua rede de apoio.

“Meu pai já me perguntou se eu ganho dinheiro só conversando com o computador”, comentou nossa convidada. Aliás, achar que uma profissional da tecnologia pode consertar geladeira ou arrumar um computador já virou meme na comunidade tech.

Daniele Paula diz que precisa usar analogias para explicar o que faz uma Product Owner mulher. Na verdade, a profissional trabalha dentro do contexto da metodologia Scrum visando agregar valor ao negócio.

Portanto, ela é responsável por verificar o andamento do Backlog, definindo prioridades nas sprints, fase de implantação de features, contatos com os stakeholders para entender suas dores, entre outras coisas.

O desafio do primeiro emprego

Daniele Paula já saiu da faculdade com estágio. Ela fazia residência técnica, e a empresa em que estava criou o cargo de Estágio de Requisitos para absorvê-la na equipe.

No entanto, quando buscou o primeiro emprego sofreu preconceitos por ser mulher e ter pouca idade. Numa das ocasiões, ela participou de um processo seletivo com cerca de 10 etapas. Quando ela estava na fase final, recebeu uma ligação da empresa informando que havia um “engano” e que ela tinha ficado de fora da disputa. Mais tarde, ela descobriu que um homem parente de um diretor foi contratado para a vaga. Enfim, além do machismo, esse tipo de privilégio persiste na área de TI.

Certa vez, ela foi aprovada numa empresa, mas o responsável pela vaga disse que era bom ter uma mulher na equipe de Scrum porque ela era bonita e iria atrair mais clientes. Na mesma hora, Daniele Paula declinou da vaga porque não aceitou ser vista dessa forma.

Desconfortos no dia a dia como Product Owner mulher

Quando Daniele Paula ocupou uma posição na carreira, ela sentiu desconforto em algumas situações, como cantadas e abordagens que colocavam em xeque sua capacidade. “A pessoa te olha de cima a baixo e pergunta se você vai dar conta”, acrescenta.

Por isso, dependendo do momento que a pessoa está vivendo, ela se sente fragilizada e chega a questionar se vale a pena continuar. E, realmente, o machismo estrutural nos faz pensar se estamos aptas.

Além disso, a idade acaba sendo um fator de exclusão. Além do preconceito sofrido por pessoas mais maduras, as mais novas também encontram olhares de descrédito.

No entanto, o que vale mesmo é a atualização. A área de tecnologia, sobretudo a de Product Owner, evolui rapidamente. As pessoas que trabalham neste segmento precisam estar o tempo todo se atualizando, independentemente da idade.

Além disso, é preciso ter jogo de cintura. Em certa ocasião, por exemplo, Daniele Paula conta que teve que atuar como pacificadora entre dois stackeholders que estavam quase brigando por uma questão relacionada ao produto. “Mostrei que não era questão de ganhar ou perder, mas de melhoria do produto”, comenta.

Conclusão

Ser uma Product Owner mulher é abrir caminhos para novas mulheres que desejam entrar no mercado tech, por mais que existam desafios e percalços.

Aliás, assim como outras carreiras, esta também vem crescendo e precisando de renovação, novas ideias e contribuições de diferentes grupos.

Se você é mulher e pretende ingressar nesta área, acompanhe as vagas do setor na nossa plataforma e faça seu cadastro gratuitamente na Coodesh.

E aproveite para rever também nossos últimos talks sobre a presença feminina na tecnologia. No mês de março estamos com uma temática especial voltada à reflexão da participação das mulheres na área tech.

Continue seguindo o nosso canal no YouTube.

Por Lorena Resende

Descrição sobre o Talk

Ser Product Owner mulher é encarar desafios diários que ganham um ingrediente extra quando se é nova ou se está em busca do primeiro emprego. Embora o mercado esteja se abrindo, ainda existe muito a ser melhorado. Para falar sobre a presença de mulheres na tecnologia, o #17 Coodesh DevTalks trouxe o tema “Sendo uma mulher Product Owner”.

Eu sou Lorena Resende, analista de mídias sociais na Coodesh, e conversei com a Daniele Paula, Product Owner ou PO, como queiram, na DTI Digital. Ela contou como foi sua experiência na faculdade, na busca pelo estágio e sua vivência hoje em dia.

Infelizmente, o machismo estrutural ainda causa desconforto para mulheres nesta profissão, mas a busca por equipes mais plurais e diversas continua. Portanto, acompanhe uma síntese do bate-papo que rolou ao vivo nas redes sociais da Coodesh.

“Perfil” da turma de Sistemas da Informação

Quando Daniele Paula entrou na faculdade de Sistemas de Informação, em 2013, ela ouviu de um professor que não era o “perfil” da turma e que era muito “bonequinha” para a profissão.

Em sua turma, de aproximadamente 40 pessoas, havia apenas 5 mulheres. A nossa convidada, que já enfrentava uma nova realidade porque saiu do interior para estudar na capital mineira, ainda precisou conviver com o preconceito por ser mulher.

Mas, felizmente, isso não a impediu de crescer profissionalmente. Ela concluiu a graduação em Sistemas de Informação e pós-graduação em Agile Coach (ambos pela PUC-MG) e atualmente está cursando MBA em Digital Business pela USP, aos 26 anos.

Profissão ainda distante da realidade da maioria das pessoas

Explicar o que um médico ou um advogado faz é fácil, mas traduzir o que uma Product Owner mulher faz é mais difícil, servindo como uma barreira até mesmo dentro da sua rede de apoio.

“Meu pai já me perguntou se eu ganho dinheiro só conversando com o computador”, comentou nossa convidada. Aliás, achar que uma profissional da tecnologia pode consertar geladeira ou arrumar um computador já virou meme na comunidade tech.

Daniele Paula diz que precisa usar analogias para explicar o que faz uma Product Owner mulher. Na verdade, a profissional trabalha dentro do contexto da metodologia Scrum visando agregar valor ao negócio.

Portanto, ela é responsável por verificar o andamento do Backlog, definindo prioridades nas sprints, fase de implantação de features, contatos com os stakeholders para entender suas dores, entre outras coisas.

O desafio do primeiro emprego

Daniele Paula já saiu da faculdade com estágio. Ela fazia residência técnica, e a empresa em que estava criou o cargo de Estágio de Requisitos para absorvê-la na equipe.

No entanto, quando buscou o primeiro emprego sofreu preconceitos por ser mulher e ter pouca idade. Numa das ocasiões, ela participou de um processo seletivo com cerca de 10 etapas. Quando ela estava na fase final, recebeu uma ligação da empresa informando que havia um “engano” e que ela tinha ficado de fora da disputa. Mais tarde, ela descobriu que um homem parente de um diretor foi contratado para a vaga. Enfim, além do machismo, esse tipo de privilégio persiste na área de TI.

Certa vez, ela foi aprovada numa empresa, mas o responsável pela vaga disse que era bom ter uma mulher na equipe de Scrum porque ela era bonita e iria atrair mais clientes. Na mesma hora, Daniele Paula declinou da vaga porque não aceitou ser vista dessa forma.

Desconfortos no dia a dia como Product Owner mulher

Quando Daniele Paula ocupou uma posição na carreira, ela sentiu desconforto em algumas situações, como cantadas e abordagens que colocavam em xeque sua capacidade. “A pessoa te olha de cima a baixo e pergunta se você vai dar conta”, acrescenta.

Por isso, dependendo do momento que a pessoa está vivendo, ela se sente fragilizada e chega a questionar se vale a pena continuar. E, realmente, o machismo estrutural nos faz pensar se estamos aptas.

Além disso, a idade acaba sendo um fator de exclusão. Além do preconceito sofrido por pessoas mais maduras, as mais novas também encontram olhares de descrédito.

No entanto, o que vale mesmo é a atualização. A área de tecnologia, sobretudo a de Product Owner, evolui rapidamente. As pessoas que trabalham neste segmento precisam estar o tempo todo se atualizando, independentemente da idade.

Além disso, é preciso ter jogo de cintura. Em certa ocasião, por exemplo, Daniele Paula conta que teve que atuar como pacificadora entre dois stackeholders que estavam quase brigando por uma questão relacionada ao produto. “Mostrei que não era questão de ganhar ou perder, mas de melhoria do produto”, comenta.

Conclusão

Ser uma Product Owner mulher é abrir caminhos para novas mulheres que desejam entrar no mercado tech, por mais que existam desafios e percalços.

Aliás, assim como outras carreiras, esta também vem crescendo e precisando de renovação, novas ideias e contribuições de diferentes grupos.

Se você é mulher e pretende ingressar nesta área, acompanhe as vagas do setor na nossa plataforma e faça seu cadastro gratuitamente na Coodesh.

E aproveite para rever também nossos últimos talks sobre a presença feminina na tecnologia. No mês de março estamos com uma temática especial voltada à reflexão da participação das mulheres na área tech.

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Eu sou Lorena Resende, analista de mídias sociais na Coodesh, e conversei com a Daniele Paula, Product Owner ou PO, como queiram, na DTI Digital. Ela contou como foi sua experiência na faculdade, na busca pelo estágio e sua vivência hoje em dia.

Infelizmente, o machismo estrutural ainda causa desconforto para mulheres nesta profissão, mas a busca por equipes mais plurais e diversas continua. Portanto, acompanhe uma síntese do bate-papo que rolou ao vivo nas redes sociais da Coodesh.

“Perfil” da turma de Sistemas da Informação

Quando Daniele Paula entrou na faculdade de Sistemas de Informação, em 2013, ela ouviu de um professor que não era o “perfil” da turma e que era muito “bonequinha” para a profissão.

Em sua turma, de aproximadamente 40 pessoas, havia apenas 5 mulheres. A nossa convidada, que já enfrentava uma nova realidade porque saiu do interior para estudar na capital mineira, ainda precisou conviver com o preconceito por ser mulher.

Mas, felizmente, isso não a impediu de crescer profissionalmente. Ela concluiu a graduação em Sistemas de Informação e pós-graduação em Agile Coach (ambos pela PUC-MG) e atualmente está cursando MBA em Digital Business pela USP, aos 26 anos.

Profissão ainda distante da realidade da maioria das pessoas

Explicar o que um médico ou um advogado faz é fácil, mas traduzir o que uma Product Owner mulher faz é mais difícil, servindo como uma barreira até mesmo dentro da sua rede de apoio.

“Meu pai já me perguntou se eu ganho dinheiro só conversando com o computador”, comentou nossa convidada. Aliás, achar que uma profissional da tecnologia pode consertar geladeira ou arrumar um computador já virou meme na comunidade tech.

Daniele Paula diz que precisa usar analogias para explicar o que faz uma Product Owner mulher. Na verdade, a profissional trabalha dentro do contexto da metodologia Scrum visando agregar valor ao negócio.

Portanto, ela é responsável por verificar o andamento do Backlog, definindo prioridades nas sprints, fase de implantação de features, contatos com os stakeholders para entender suas dores, entre outras coisas.

O desafio do primeiro emprego

Daniele Paula já saiu da faculdade com estágio. Ela fazia residência técnica, e a empresa em que estava criou o cargo de Estágio de Requisitos para absorvê-la na equipe.

No entanto, quando buscou o primeiro emprego sofreu preconceitos por ser mulher e ter pouca idade. Numa das ocasiões, ela participou de um processo seletivo com cerca de 10 etapas. Quando ela estava na fase final, recebeu uma ligação da empresa informando que havia um “engano” e que ela tinha ficado de fora da disputa. Mais tarde, ela descobriu que um homem parente de um diretor foi contratado para a vaga. Enfim, além do machismo, esse tipo de privilégio persiste na área de TI.

Certa vez, ela foi aprovada numa empresa, mas o responsável pela vaga disse que era bom ter uma mulher na equipe de Scrum porque ela era bonita e iria atrair mais clientes. Na mesma hora, Daniele Paula declinou da vaga porque não aceitou ser vista dessa forma.

Desconfortos no dia a dia como Product Owner mulher

Quando Daniele Paula ocupou uma posição na carreira, ela sentiu desconforto em algumas situações, como cantadas e abordagens que colocavam em xeque sua capacidade. “A pessoa te olha de cima a baixo e pergunta se você vai dar conta”, acrescenta.

Por isso, dependendo do momento que a pessoa está vivendo, ela se sente fragilizada e chega a questionar se vale a pena continuar. E, realmente, o machismo estrutural nos faz pensar se estamos aptas.

Além disso, a idade acaba sendo um fator de exclusão. Além do preconceito sofrido por pessoas mais maduras, as mais novas também encontram olhares de descrédito.

No entanto, o que vale mesmo é a atualização. A área de tecnologia, sobretudo a de Product Owner, evolui rapidamente. As pessoas que trabalham neste segmento precisam estar o tempo todo se atualizando, independentemente da idade.

Além disso, é preciso ter jogo de cintura. Em certa ocasião, por exemplo, Daniele Paula conta que teve que atuar como pacificadora entre dois stackeholders que estavam quase brigando por uma questão relacionada ao produto. “Mostrei que não era questão de ganhar ou perder, mas de melhoria do produto”, comenta.

Conclusão

Ser uma Product Owner mulher é abrir caminhos para novas mulheres que desejam entrar no mercado tech, por mais que existam desafios e percalços.

Aliás, assim como outras carreiras, esta também vem crescendo e precisando de renovação, novas ideias e contribuições de diferentes grupos.

Se você é mulher e pretende ingressar nesta área, acompanhe as vagas do setor na nossa plataforma e faça seu cadastro gratuitamente na Coodesh.

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Por Lorena Resende

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