O mercado corporativo não dorme e, enquanto está acordado, vive em constantes mudanças. Com base nisso, a ideia de que você está pronto ao se formar e pode exercer sua função até se aposentar caiu por terra. Hoje, um importante diferencial para os profissionais se destacarem é o lifelong learning.
Esse mindset tem a premissa de que nunca é cedo ou tarde para aprender coisas novas e, dentro do contexto profissional, pode fazer uma tremenda diferença no desenvolvimento de carreira dos indivíduos.
Quer entender melhor esse conceito e descobrir como o RH pode ajudar a implementá-lo dentro das organizações? Confira as nossas dicas na leitura e comece agora mesmo a fazer a diferença.
O que é o lifelong learning?
Em tradução livre, a expressão lifelong learning significa “aprendizado ao longo da vida” ou “educação continuada”. O conceito presume que nunca é tarde demais para adquirir novos conhecimentos e que todo profissional pode e deve buscar novas habilidades.
Essa ideia vem em contraponto a uma mentalidade antiga, quando os profissionais acreditavam que, ao finalizar um curso superior, já tinham todo o conhecimento necessário para exercerem sua profissão até a aposentadoria.
Com a guerra por talentos e as inovações do mercado, principalmente no que diz respeito às novas tecnologias, a requalificação e a educação continuada se mostram importantes diferenciais para que o profissional se destaque e não fique para trás no mercado de trabalho.
Qual é a importância do lifelong learning na carreira e suas vantagens?
O mindset de lifelong learning traz benefícios tanto para o profissional quanto para a organização em que o talento trabalha. Entre as vantagens estão os salários mais altos e a capacidade de adaptação.
A atualização constante também garante que o profissional esteja sempre preparado para utilizar novas tecnologias, o que aumenta o leque de oportunidades, por exemplo, em processos seletivos.
Colaboradores que conseguem se reinventar e adquirir novos conhecimentos também agregam a capacidade de antecipar e acompanhar as transformações do mercado e da sociedade, desenvolvendo soft e hard skills importantes para alavancar sua trajetória profissional.
Como aplicar o lifelong learning no dia a dia?
Até aqui, ficou claro que o lifelong learning é o melhor caminho para alavancar a carreira dos colaboradores, mas como a empresa e o próprio profissional podem aplicar esse conceito no dia a dia? A seguir, listamos algumas dicas interessantes.
Conheça os interesses do profissional
O primeiro passo é entender o que motiva o profissional na busca pelo aprendizado e quais áreas ele tem afinidade e interesse. Além disso, é importante lembrar que pessoas aprendem de forma diferente, assim, enquanto alguns se dão melhor com cursos presenciais, outros preferem adquirir conhecimento por meio de leituras.
Entender as afinidades e preferências de cada perfil é fundamental para que o RH trace um plano de desenvolvimento coerente e eficiente, utilizando as ferramentas que melhor trarão resultados.
Identifique os pontos de melhoria
Além de entender os pontos fortes e interesses do profissional, é importante, também, identificar quais pontos precisam de mais capacitação e desenvolvimento e quais atualizações podem potencializar as atividades realizadas por ele.
Para ajudar nessa etapa, é muito importante que o próprio colaborador reflita sobre seus pontos fortes e fracos e busque mais autoconhecimento. Uma ferramenta que pode auxiliar na reflexão é o mapeamento de perfil comportamental. Além disso, as avaliações de desempenho também podem ajudar, trazendo uma perspectiva de terceiros.
Trace metas
Outra dica é estabelecer metas de aprendizado para garantir que seu planejamento está trazendo os frutos esperados. As metas ajudam você a mensurar resultados e identificar erros e ajustes que precisam ser feitos no planejamento.
Na hora de estabelecê-las, lembre-se que elas devem ser específicas, mensuráveis, atingíveis, relevantes e temporais. Assim, determine a ação que deve ser feita e o prazo para realizá-la, por exemplo, concluir um curso de especialização dentro de 3 meses.
Invista em qualificação
O próximo passo é começar a investir em ferramentas e métodos para garantir o lifelong learning, seja em cursos de capacitação e atualização, palestras, workshops, coaching, entre outros.
Esse tipo de conteúdo pode ser programado pelo RH tanto para o time completo quanto para colaboradores individualmente. Além disso, o próprio profissional pode buscar ferramentas que acha interessante para sua curva de crescimento, independente dos programas oferecidos pela organização.
Não se esqueça das soft skills
É comum que, quando você pensa em conhecimento, acabe focando apenas nas habilidades técnicas, como operar determinado software ou aprender novas técnicas para realizar processos internos.
Contudo, vale lembrar que o lifelong learning não se restringe às hard skills. Habilidades socioemocionais, como liderança, criatividade, inovação e empreendedorismo, também precisam e devem ser consideradas.
Ainda, se o profissional almeja, por exemplo, ocupar uma posição de gestão de equipes, ele vai precisar de desenvolvimento profissional específico em habilidades como liderança, inteligência emocional, motivação e empatia.
Fique atento às mudanças do mercado
Parte do conceito da educação continuada é, justamente, manter-se atualizado, independente de quanto o mercado se transforme ao longo dos anos. Assim, profissionais que têm essa skill precisam estar atentos às inovações de sua área.
Tenha em mente que o mercado corporativo é extremamente volátil, assim, é fundamental acompanhar de perto tendências e mudanças para garantir uma posição estratégica dentro da organização.
Estar por dentro de tudo o que acontece na sua área ajuda o profissional a traçar planos de aperfeiçoamento constante, explorando todo o potencial de novas ferramentas, processos e diretrizes.
Concluindo, o lifelong learning é uma skill voltada para a educação continuada muito valorizada nos processos de recrutamento e seleção. Assim, é importante buscar por colaboradores que tenham sede de conhecimento e que estejam dispostos a se recapacitarem conforme as mudanças do mercado.
Além de buscar colaboradores com esse mindset, a organização também deve auxiliar no desenvolvimento dos profissionais, criando planos de treinamento e desenvolvimento individuais e coletivos. Lembre-se que investir na capacitação dos colaboradores é, também, uma excelente estratégia de Employee Experience.
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