Contratar e gerenciar desenvolvedores remotos é um desafio para muitas startups. A pandemia mostrou que o home office passou no teste de produtividade. Porém, muitos gestores temem contratar e gerenciar equipes de longe das mesas do escritório.
Afinal de contas, quais os principais desafios e como eliminá-los? Veja neste artigo algumas considerações sobre o trabalho remoto de profissionais de tecnologia, desde o recrutamento à retenção.
A pandemia da Covid-19 mudou as relações de trabalho. O home office já existia, mas se fortaleceu.
Com o alto índice de vacinação e a queda no número de casos da doença, os trabalhos híbrido e presencial voltaram com força.
Uma pesquisa do Instituto Datafolha mostrou que, em 2020, 44% dos trabalhadores faziam home office. Mas em 2021 o índice caiu para 24%.
Muitos CEOs resistem ao home office. O CEO da Apple, Tim Cook, é um exemplo. Ele comunicou aos funcionários para voltar aos escritórios pelo menos três dias na semana.
Mas com regras claras, cultura organizacional estabelecida e um alinhamento no recrutamento, é possível ter equipes remotas de desenvolvedores com alto desempenho. Veja neste artigo.
Como recrutar e contratar desenvolvedores remotos
Se você é tech recruiter, sabe que o contato pessoal é muito importante na entrevista de emprego. Há detalhes que só são percebidos neste momento.
O candidato controla as emoções? Ele se esquiva das perguntas mais contundentes? Muitas vezes, um olhar mais atento da pessoa recrutadora faz toda a diferença.
Mas como manter o feeling na entrevista remota? Muitas empresas de recrutamento tiveram que se adaptar durante a pandemia. O resultado foi positivo. Basta verificar as vantagens do recrutamento remoto. É possível otimizar o tempo, prestar um serviço humanizado e identificar habilidades e perfis com as perguntas de fit cultural certas.
De maneira geral, o recrutamento remoto começa na escolha dos canais de divulgação da vaga. É preciso divulgar a sua vaga para desenvolvedor remoto nos meios onde o seu público-alvo está.
Essa assertividade é uma consequência da evolução digital. Se antigamente as pessoas anunciavam vagas nas páginas de classificados dos jornais, hoje em dia é mais fácil encontrar talentos dentro das comunidades de developers, nas redes sociais e nas plataformas especializadas.
Recursos
Além disso, temos outras maneiras de chegar ao candidato remoto certo. Isso pode ser feito através do bom e velho networking, trazendo indicações de profissionais; o trabalho de busca do headhunter e o programa de indicações dos próprios membros da equipe.
Mas dentro do RH ágil é importante fazer a gestão dessas informações de um modo claro e eficiente. É a chamada gestão do conhecimento, que faz o tech recruiter organizar as etapas do processo de seleção para permitir uma melhor visualização e um monitoramento das candidaturas sem se perder na triagem.
E na hora de conversar com a pessoa candidata, o recrutamento remoto tem uma vantagem que o sistema tradicional não tem. Estamos falando do uso de ferramentas on-line, como um teste técnico ou uma pesquisa de perfil comportamental.
Como a maioria das ferramentas é digital, na entrevista presencial é preciso montar uma certa estrutura para usar esses recursos. Contudo, na entrevista remota, a inclusão dessas ferramentas ocorre de maneira natural.
Como realizar o onboarding remoto
Passado o fluxo de recrutamento de desenvolvedores remotos, é hora de pensar na contratação e no onboarding desse profissional. Em primeiro lugar a parte burocrática e, num segundo momento, a integração na equipe.
Por conta disso, é importante contar com plataformas de admissão digital e a devida assessoria jurídica. Isso porque a contratação pode ser na modalidade PJ (como prestador de serviço) ou CLT (com registro profissional em carteira) e, nesse sentido, a negociação precisa estar referendada no contrato.
Como a transformação digital está presente em qualquer setor, é possível cumprir todas as etapas burocráticas da contratação por meio da internet. Veja neste link como isso é possível.
Fotocópias de documentos, várias planilhas, contratos impressos, entre outros materiais físicos, são substituídos por ferramentas digitais. Você economiza tempo, espaço e ainda facilita a visualização nas suas buscas.
Com a contratação em ordem, é hora de pensar na acolhida do profissional na equipe e na empresa. É claro que não haverá a conversa de corredor, a parada para o cafezinho ou a apresentação da sala de reunião.
Entretanto, o onboarding do desenvolvedor remoto pode ser feito por uma call de alinhamento inicial, uma apresentação do profissional à equipe por meio do canal interno de comunicação (seja no Slack ou no WhatsApp) e ainda no envio de playbooks sobre os principais fluxos do setor.
Nesse sentido, é importante que as empresas tenham uma cultura organizacional clara. Enfim, a cultura organizacional é um conjunto de normas, valores e missão da empresa à qual todos as pessoas da equipe devem conhecer e praticar.
A cultura organizacional deve estar presente no ciclo de vida do funcionário na empresa, fazendo com que ele entenda os objetivos da corporação e trabalhe a favor da maré.
Sobre esse assunto, leia também boas práticas de onboarding remoto.
Como gerenciar e engajar desenvolvedores remotos
O gerenciamento de equipes remotas é um desafio para os líderes e co-founders. Você não tem o funcionário do outro lado da mesa nem o encontra no cantinho do café. Então, como quebrar o gelo e conhecer melhor seu perfil?
Além disso, não podemos deixar de falar na desconfiança dos gestores, que acreditam que o funcionário não vai cumprir a carga horária estipulada. Isso sem falar na falta de controle que era comum antes do home office, já que muitos gestores gostavam de acompanhar de perto o que os liderados estavam fazendo.
Segundo o estudo da Society for Human Resource Management, 72% dos gestores que têm funcionários remotos gostariam que eles estivessem no escritório. Afinal de contas, gerenciar times a distância exige novas habilidades das lideranças.
Mas, acima de tudo, é importante ter clareza sobre o fluxo de trabalho. Se você diz ao seu recém-contratado que o horário de trabalho é flexível, é preciso informar o que é “flexível” para a empresa?
Afinal de contas, se o funcionário quiser trabalhar das 22h às 6h ele pode? Por mais que a comunicação seja assíncrona, o seu cliente precisará de uma resposta do seu funcionário em horário comercial?
Portanto, para gerenciar desenvolvedores remotos, é importante colocar todas as cartas na mesa e deixar claras as regras do jogo.
É bom ressaltar que muitas regras, como a jornada de trabalho, estão no contrato de trabalho. Entretanto, é interessante manter um canal de comunicação aberto para esclarecer dúvidas.
Nesse sentido, o RH tem uma importante missão, que é a de melhorar a comunicação com os colaboradores, eliminando todas as suas dúvidas.
Outro ponto importante é manter em dia as dailys de início e de final de semana a fim de acompanhar as dificuldades vivenciadas pelos funcionários, bem como dar as diretrizes corretas. O interesse aqui é não deixar a produtividade cair.
Além disso, o objetivo é quebrar as barreiras da distância geográfica com aquele calor humano? Então, trabalhe happy hours temáticos, de aniversários dos membros da equipe ou com períodos determinados, como quinzenais ou mensais. Um pouco de descontração na hora do expediente não faz mal à ninguém. E por falar nisso, leia este conteúdo com 7 inspirações para happy hour remoto.
Conclusão
Você viu dicas de contratar e gerenciar desenvolvedores remotos e saiba que é importante aprimorar seus conhecimentos nesta área, já que o home office só tende a aumentar nos próximos anos devido à preferência dos trabalhadores por essa metodologia.
Nesse sentido, para recrutar profissionais que tenham esse mesmo alinhamento, é importante contar com um recrutamento focado em desenvolvedores remotos.
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