Diferença entre reskilling e upskilling: veja os conceitos e importância

upskilling e reskilling

Afinal, qual a diferença entre reskilling e upskilling? Tanto um quanto o outro trazem um mindset de desenvolvimento. Mas esse crescimento não se reflete apenas na empresa, e sim no cenário econômico. Saiba tudo sobre os conceitos e porque eles são tão importantes no atual cenário. 

Antes vamos lembrar que a busca por desenvolvimento e adaptação ao mercado profissional sempre existiu. Na Revolução Industrial, por exemplo, no século 18, a mão de obra agrícola teve de ser preparada para trabalhar na produção mecânica. 

Sendo assim, corrigir os gaps de desenvolvimento é uma constante no capital humano. E quando pensamos em transformação digital não é diferente. 

Você já deve ter se deparado com muitas profissões que correm o risco de serem extintas devido à robotização, como a de bancário, contador e outras. Então, como aproveitar o conhecimento adquirido nestas áreas e buscar novas habilidades para se adaptar ao novo momento? 

E, mais ainda, como melhorar o que já existe e está sendo bem aproveitado no mercado? Afinal, será que o desenvolvimento de um profissional depende unicamente de uma iniciativa da empresa ou deve partir dele próprio? 

Confira mais reflexões neste conteúdo e veja por que é importante entender os conceitos sobre a diferença entre reskilling e upskilling.  

O que é upskilling?

O conceito de upskilling está ligado ao desenvolvimento de habilidades e competências de profissões que estão se mantendo no mercado de trabalho, porém, que demandam atualizações. 

Desse modo, o profissional que não se atualiza acaba perdendo espaço no mercado de trabalho dentro da sua carreira. E essa perda de espaço pode ser representada pela falta de uma ascensão no plano de carreira, pela demora em uma esperada promoção ou, pior ainda, pelo desligamento. 

Mas essa busca por novas habilidades e competências não precisa ser apenas oferecida pela empresa, mas sim nascer da iniciativa do profissional. Por essa razão, a proatividade é uma skill tão desejada. 

Aliás, uma pesquisa do The World Economic Forum demonstrou que apenas 25% dos conhecimentos necessários para um trabalhador são repassados pela própria empresa. O restante é buscado pelo próprio profissional em cursos e capacitações anteriores ou concomitantes ao trabalho. 

Nesse contexto, a pessoa acaba atendendo a novas demandas do mercado e, assim, mantendo o alto nível da empresa na qual está contratada.  

Contudo, nada impede que essa iniciativa surja da empresa. Sendo assim, é importante que haja um plano estratégico para alavancar os resultados da organização através do upskilling das pessoas do seu time. 

O que é reskilling? 

O conceito de Reskilling está associado à ideia de requalificação. Portanto, fazer reskilling é requalificar um profissional em um processo de transição de carreira, por exemplo, ou aproveitar seu conhecimento para outro segmento dentro da sua área de atuação. 

Nesse contexto, podemos pensar em profissões que correm o risco de serem extintas no futuro próximo devido à transformação digital. Você já deve estar habituado a ler notícias sobre o número de bancários demitidos, não é mesmo? Com a evolução das fintechs, que permitem ao usuário fazer tudo da tela do seu smartphone, a figura do bancário está perdendo a posição ocupada há décadas. 

Mas como a economia como um todo pode aproveitar um profissional com tanto conhecimento acumulado ao longo de anos? A resposta está no reskilling. Aliás, essa é uma tendência nas empresas. 

Porém, ela não diz respeito apenas a profissões que estão perdendo espaço no mercado de trabalho. Mas está fortemente ligada à estratégia de empresas que desejam aproveitar as competências já desenvolvidas por um profissional para adaptá-las a outras funções que atendam melhor a demanda do mercado. 

Diferença entre reskilling e upskilling

Portanto, como foi possível perceber, a diferença entre reskilling e upskilling é sutil. Enquanto o reskilling está ligado ao desenvolvimento de novas competências de um profissional que está ocupando uma função que pode ser extinta, o upskilling é a atualização do profissional de acordo com as novas demandas e tendências do mercado. 

Ambos os conceitos estão relacionados à ideia de crescimento profissional contínuo. Portanto, eles vão além de um simples treinamento. Afinal de contas, a palavra treinamento está ligada a algo pontual, como o treinamento da Brigada de Incêndio da empresa, por exemplo. 

Enquanto isso, o reskilling e o upskilling fazem parte de um mindset que visa o aperfeiçoamento. O objetivo é a satisfação pessoal e profissional, bem como a melhoria da performance da empresa. 

De modo geral, os conceitos caminham junto com o intraempreendedorismo, que é a capacidade de trazer soluções inovadoras para problemas comuns da organização. 

Qual é a importância do reskilling e do upskilling? 

Mas afinal, por que a sua empresa deve se preocupar com a diferença entre reskilling e upskilling e colocar esses conceitos em prática? 

Primeiramente, o upskilling contribui para a absorção de profissionais mais capacitados nas organizações. 

Além disso, aquece a economia com resultados mais robustos nas empresas, promovendo também o crescimento de todo um setor. 

Enquanto isso, o reskilling também é fundamental, visto que a inovação é um caminho sem volta e exige profissionais compatíveis às novas demandas do mercado. 

Para se ter uma ideia, um estudo do McKinsey Global Institute aponta que até 2030 cerca de 375 milhões de profissionais, ou seja, 14% da força total global, precisarão trocar de ocupação devido à inovação provocada por fenômenos como a Inteligência Artificial, robotização e outros. 

Como aplicar upskilling e reskilling na sua empresa?

Para saber como aplicar upskilling e reskilling na sua empresa, é preciso antes de mais nada conhecer o perfil da sua equipe. Assim, você saberá quais são os pontos fortes e fracos. 

Enfim, existem ferramentas para auxiliar o gestor ou o RH. Entre elas estão o Scorecard e a Matriz de Competências. Você sabe o que é? 

SAIBA MAIS

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Primeiramente, o Scorecard é uma ficha de autoavaliação, onde o colaborador dá notas a si mesmo sobre as suas habilidades, tanto em hard skill quanto em soft skill. Assim, ele pode classificar suas capacidades desde o nível iniciante até o avançado. 

Já a Matriz de Competências é uma ferramenta usada em nível empresarial que identifica as habilidades e competências de cada profissional e da equipe como um todo. Portanto, com base no Scorecard, o gestor poderá saber quais são os gaps da equipe e de cada profissional. 

Portanto, com base nessa percepção e em consenso com as partes envolvidas, o RH poderá identificar quais são os conhecimentos que o colaborador precisa adquirir. 

Um detalhe é que o colaborador não precisa apenas adquirir conhecimentos específicos da sua área de atuação, mas também interdisciplinares. Portanto, o envolvimento com temas como ESG (Environmental, Social and Governance, ou seja, Ambiental, Social e Governança), diversidade, saúde mental e bem-estar financeiro são tão importantes. 

Em síntese, treinamentos são cruciais, mas eles devem ser personalizados para gerar engajamento e despertar resultados positivos. 

Quais as melhores práticas de upskilling e reskilling? 

Os americanos usam um termo que se encaixa perfeitamente neste contexto de upskilling e reskilling. É o lifelong learning, ou seja, o aprendizado eterno. Ele se baseia na constante necessidade de aprender, desaprender, reinventar-se. 

E para acompanhar essa abordagem, existem algumas medidas que podem ser tomadas pela organização. Entre elas estão: 

Plano de Desenvolvimento Individual (PDI): o colaborador e o RH traçam um plano detalhado de como o profissional pode alcançar novas habilidades. 

Atualização profissional durante o expediente: após um acordo interno, é possível desenvolver um cronograma de atualização profissional para ser executado durante a jornada de trabalho, como um curso on-line.  

Aprimoramento: quando há uma necessidade específica do colaborador, como o desenvolvimento de uma people skill, a empresa pode fazer um planejamento oferecendo uma capacitação. A ideia, portanto, é buscar a personalização e não soluções padronizadas que acabam não atraindo o interesse. 

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Quais os benefícios ao aplicar upskilling e reskilling?  

E o que acontece quando uma empresa identifica a diferença entre reskilling e upskilling e a coloca em prática? Muitos benefícios são identificados, como você verá a seguir alguns deles: 

  • acompanhamento das tendências do setor; 
  • aprimoramento da função; 
  • aumento da retenção de talentos; 
  • crescimento da eficiência; 
  • melhora da satisfação do cliente; 
  • valorização do currículo do profissional. 

De modo geral, essa abordagem de lifelong learning tira o profissional da zona de conforto, melhorando sua autoestima e aumentando a produtividade. 

Qual é o papel do RH? 

Hoje em dia, o RH tem uma posição mais estratégica e analítica. Desse modo, é importante ter a clara percepção de que as pessoas do RH precisam estar atentas e alinhadas com as novas tendências do mercado. 

Portanto, conhecer a diferença entre reskilling e upskilling é tão importante para saber como aplicar de forma personalizada na sua equipe e, assim, obter mais resultados. 

Desse modo, com um time mais capacitado e estruturado é possível conduzir melhor os processos. 

Conclusão 

Em suma, a diferença entre reskilling e upskilling está relacionada ao crescimento da empresa e ao sucesso profissional de cada pessoa que integra o time. 

Quando falamos em equipes de desenvolvedores, então, a atualização contínua é uma exigência da carreira. 

Isso porque a cada mês surgem novidades no mundo tech. O desenvolvedor que não se atualiza corre o risco de perder oportunidades. 

Assim, à medida que os trabalhos evoluem, as funções também ganham novos desenhos e precisam acompanhar a evolução. 

Então, você como tech recruiter, gestor ou founder de startups pode aplicar esses conceitos desde a contratação. 

E para contratar profissionais da área de tecnologia, você pode ser mais preciso e ágil com as soluções de uma plataforma de assessment, como é o caso da Coodesh

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