O que influencia a decisão de compra? Muitos diriam que é o preço, a funcionalidade e o status gerado pelo produto ou serviço. Contudo, a estética é um fator preponderante. Nesse sentido, o Design Emocional tem um grande peso na escolha do consumidor. Entretanto, o conceito não é visto apenas pelo lado comercial. Confira neste post como usar o Design Emocional a favor da sua aplicação web, MVP ou projeto pessoal.
O “pai” do Design Emocional é o cientista cognitivo Donald Norman. Inclusive, ele escreveu o livro “Design Emocional: por que adoramos (ou detestamos) os objetos do dia a dia”.
Ele nominou os três níveis do Design Emocional e estudou como o conceito pode influenciar o marketing, o desenvolvimento de produtos e a experiência do usuário em um website ou aplicativo.
O que é Design Emocional?
Afinal, por que amamos ou detestamos um produto logo de cara? O Design Emocional tem a resposta.
Para Donald Norman, o Design Emocional consiste na preocupação em despertar emoções no usuário final por meio do design. E esse afloramento das emoções está ligado ao desejo de estabelecer conexões com o produto.
Isso explica porque alguns produtos, mesmo muito parecidos, fazem mais sucesso que outros. Norman usa o exemplo da garrafa d’água.
Quando vamos ao supermercado e escolhemos uma determinada garrafinha é porque criamos uma conexão emocional, seja pela facilidade de segurar o objeto, pela aparência, pelo tamanho ou qualquer outra característica que nos ligue à ela.
Até meados dos anos 40, os produtos eram muito parecidos. Porém, com o tempo as marcas passaram a valorizar o design para diferenciá-los. Sendo assim, o Design Emocional tornou-se um conceito a ser considerado no desenvolvimento de produtos.
Embora o movimento seja relativamente recente, é impossível pensar em um MVP (Produto Mínimo Viável) sem o design atrelado.
Sendo assim, é importante entender o comportamento do consumidor. E para isso nada melhor do que recorrer ao estudo da persona. Veja mais detalhes na sequência.
Qual é a importância da persona?
A persona é a representação do cliente ideal, ou seja, aquele que vai interagir com o seu produto ou serviço.
Nesse sentido, é importante entender as suas preferências e necessidades. Portanto, o estudo da persona visa desenvolver um produto ou serviço que atenda às necessidades e desejos do usuário final.
Basicamente, existem três tipos de objetivos relacionados às personas: experiência (como a persona quer se sentir ao utilizar a sua solução), objetivo fim (o que a persona quer realizar com a sua solução) e, por fim, o objetivo de vida (quais são as motivações a longo prazo da persona).
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Assim, conhecendo a persona do seu produto/serviço, é mais fácil ter sucesso no lançamento da primeira versão do seu MVP. A pesquisa, por sua vez, pode ser feita por meio de estatísticas de órgãos oficiais, pesquisas internas com a base de clientes, monitoramento das redes sociais, entre outros.
Aliás, a ideia de homogeneidade do público-alvo já não responde a todas as dúvidas do desenvolvedor de produto. Afinal de contas, a segmentação está cada vez mais ganhando espaço.
Nesse sentido, entender o consumidor pode ajudar também a compreender a força do Design Emocional na conexão da marca com o público. Por essa razão, também é necessário conhecer os níveis do Design Emocional conforme Donald Norman. Confira no próximo tópico.
Quais são os níveis do Design Emocional?
As emoções nos levam a preferir ou rejeitar um determinado produto. Dessa maneira, Donald Norman estudou os níveis emocionais que nos levam a esse comportamento. Verifique a seguir os três níveis de Design Emocional elencados pelo cientista.
- Visceral: é um subconsciente, está ligado ao simples fato de querer o produto;
- Comportamental: ainda está no nível subconsciente, mas passa a impressão de que o usuário está no comando;
- Reflexivo: é o nível mais consciente, representado pela imagem gerada pelo produto e em como ele ajuda a construir a personalidade do seu público consumidor.
Em todos os níveis, porém, a empresa visa criar uma ligação emocional com o usuário. Na maioria das vezes, ela atinge seus objetivos, como é possível perceber nas relações de consumo. Afinal, quantas vezes compramos por impulso ou ainda damos preferência a uma marca ou produto em detrimento de outros?
Como entender Design Emocional e Experiência do Usuário (UX)?
Para entender o Design Emocional e a sua relação com a Experiência do Usuário (UX) também é interessante compreender o termo emoção.
Ele vem do latim “Emovere” que significa “mover de dentro para fora”. Portanto, as emoções são pessoais, uma reação a um estímulo externo e cognitivo que produz experiências muito subjetivas, bem como alterações físicas muito importantes.
É como a experiência com relação à segunda-feira, para muitas pessoas, que é associada à ideia de desânimo ou ansiedade.
Quando falamos em UX, é possível identificar que, por mais que o produto não atenda a todas as expectativas do usuário, devido ao seu design, o produto acaba sendo bem aceito.
Certamente, a experiência do usuário deve estar sempre passando por validações para se atingir os melhores resultados. Nesse sentido, é importante unir e aplicar os conceitos de Design Emocional e de UX no seu produto.
Exemplos
Quer ver alguns exemplos de produtos com Design Emocional no mercado? Confira alguns deles:
- Fusca: o design é um dos mais bem-sucedidos da indústria automobilística, pois seus faróis lembram olhos sorridentes, além de suscitar memórias da infância;
- Mini Cooper: outro exemplo do meio automobilístico é o Mini Cooper, citado pelo próprio Donald Norman, que citou ser divertido dirigir este veículo;
- Apple: já é sabido que a Apple investe em design, mas é interessante notar que a marca também valoriza o UX, com recursos que atendem às necessidades dos usuários, além do status gerado pelo consumo dos produtos da marca.
Em suma, embora o Design Emocional pareça estar mais relacionado ao desenvolvimento de produtos, ele também pode ser aplicado no desenvolvimento de aplicativos, websites e softwares.
Por isso, para agregar valor à sua formação, acompanhe a seguir algumas dicas de cursos voltados ao Design e com conteúdos sobre Design Emocional.
Onde aprender sobre Design Emocional
Como você viu ao longo deste artigo citações de Donald Norman, é muito importante que você leia o livro “Design Emocional: por que adoramos (ou detestamos) os objetos do dia a dia” para ter bons fundamentos sobre o conceito. Mas a sua formação não para por aí. Enfim, você pode se dedicar a outros cursos, como os que estão listados abaixo.
A EBAC, já conhecida do público desenvolvedor pelos cursos de tecnologia, também tem um catálogo de cursos voltados ao design. Um deles é o de Designer Gráfico. O conteúdo explora processo criativo, tipografia, gerenciamento de projetos, entre outros.
O curso on-line da designer Bruna Ruschel, hospedado na Udemy, ensina 15 estratégias para criar elos emocionais com o cliente, sendo específico para quem deseja aprimorar seus conhecimentos na área de Design Emocional. O conteúdo traz temas como experiência de consumo, empatia, design, cases de sucesso, entre outros. Acesse e saiba mais.
A Escola Panamericana aborda o tema Design Emocional nas aulas do curso de Comunicação e Design. São aulas presenciais e on-line, ao vivo, com temas que vão do UX à identidade corporativa, processos criativos e comunicação para o varejo.
A Mergo é uma escola on-line especializada em UX. Portanto, acessando o site da escola você poderá identificar cursos que trabalham de maneira mais ampla o tema Design Emocional e também mais específicos, como a masterclass neste segmento. Confira todos os detalhes aqui.
Conclusão
O Design Emocional está relacionado ao sucesso ou ao fracasso de um produto lançado no mercado. Portanto, é necessário entender o seu cliente e as suas dores, para despertar as melhores conexões.
Veja mais detalhes sobre a área de design conferindo o artigo sobre o mercado para quem é designer UX.
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