Os frameworks Ruby ajudam a tornar o dia dos desenvolvedores mais produtivo. Mas existem muitas opções no mercado tecnológico. Então, qual deles escolher? Confira neste artigo um resumo dos 10 principais e as suas características.
Muitos pensam que o Ruby on Rails é o único framework para a linguagem Ruby, porém, se enganam. Há os mais conhecidos, como Sinatra, Hanami (antigo Lotus) e Padrino, contudo há outros menos populares, como Camping, Volt e Roda.
A maioria é gratuita e tem suporte técnico, além de uma comunidade engajada no GitHub, pronta para tirar as dúvidas dos iniciantes. Então, confira o restante do conteúdo para escolher seu framework favorito.
O que é framework?
Vamos começar do começo: afinal, o que é framework? O termo é usado por profissionais tech para designar um conjunto de códigos que pode ser usado em diferentes projetos. Na prática, um framework funciona como uma peça de um quebra-cabeça que pode ser usada com outros fragmentos para resolver problemas, reunindo linhas de código de uma forma simples e precisa.
Diz-se que o desenvolvedor não precisa recriar a roda para desenvolver uma aplicação, pois já existem os frameworks, que podem ser aplicados para resolver problemas específicos.
O programador que usa a linguagem de programação Ruby em seu desenvolvimento pode utilizar um framework para agilizar suas entregas e ter um fluxo de trabalho mais constante e padronizado.
O que é Ruby?
E o que é Ruby? É uma linguagem de programação multiplataforma e open source utilizada por desenvolvedores que buscam uma solução simples e produtiva para seus projetos. Ela está em 18º lugar no Índice TIOBE (que mede a popularidade das linguagens) e é a linguagem que embasa muitas plataformas, como Airbnb e SoundCloud.
Ruby tem muitos atrativos, como ser multiparadigma, flexível (pode-se alterar partes da linguagem), não necessitar de declarações de variáveis, tratar tudo como objeto (assim como Python), e possuir sistema de threading independente do sistema operacional.
10 frameworks Ruby mais usados
Selecionamos os frameworks Ruby mais usados para que você tenha mais subsídios na hora de escolher um para estudar e ingressar no mercado ou para realizar um projeto e contribuir com a comunidade.
Lembre-se que a adaptação ao framework vai depender muito das suas preferências pessoais, das características do projeto, do suporte oferecido, das funcionalidades gratuitas e da própria empregabilidade do framework. Isso porque a demanda nas empresas é maior para certas ferramentas em relação a outras. Confira nossa seleção:
1. Ruby on Rails
Sem dúvidas, Ruby on Rails é o framework Ruby mais famoso entre os programadores. Ele tem recursos que ajudam a desenvolver, implantar e manter uma aplicação web de um jeito mais fácil e com uma linguagem orientada a objetos. Entre as suas três principais filosofias estão: Don’t Repeat Yourself (Não repita você mesmo), Convention over Configuration (Convenção antes de Configuração) e Less Software (Menos Software). Já tratamos desta tecnologia no blog. Aproveite para ler o conteúdo.
2. Sinatra
O Sinatra é um framework Ruby mais simples que o Ruby on Rails. Ele fornece uma estrutura mais minimalista e flexível, sendo uma das alternativas mais buscadas por developers. O seu objetivo é reduzir a abstração e o overhead. Além disso, ele permite a criação de APIs RESTful, protótipos rápidos e facilidade para lidar com as rotas. Geralmente, ele é usado em projetos de baixa complexidade, sendo mais usado por DEVs que buscam uma solução menos robusta em relação ao anterior Ruby on Rails.
3. Hanami
Chamado anteriormente de Lotus, o framework Hanami é usado com Ruby tanto no lado front-end quanto no back-end. Com Hanami, é possível criar desde simples CMSs até implantações mais complexas. Além disso, ele usa 60% menos memória, em média, em relação a outras ferramentas. Portanto, é uma das alternativas ao Ruby on Rails com melhor desempenho.
4. Padrino
O framework Padrino é escrito em Ruby e baseado em Sinatra, sendo uma ótima opção para o desenvolvimento web. Criado em 2010 por Nathan Esquenazi, Davide D’Agostino e Arthur Chiu, o framework foi desenvolvido com o objetivo de estender o Sinatra para suportar aplicativos do desenvolvimento web mais avançados e complexos.
5. Cuba
Menos conhecido, o framework Cuba tem código aberto, é destinado a facilitar e otimizar o desenvolvimento de aplicações de negócios, combinando uma arquitetura comprovada, componentes de nível empresarial prontos para a utilização e com ferramentas assertivas. Assim, o desenvolvimento web resulta em aplicativos mais modernos e rápidos junto com as funcionalidades do Ruby.
6. Grape
Para criar APIs RESTful em Ruby, um dos frameworks Ruby mais indicados é o Grape, que foi pensado de forma simples e para ser ágil. Seu diferencial é ter uma sintaxe fácil e amigável. Além disso, oferece muita flexibilidade para lidar com formatos de serialização diferentes, como XML e JSON. Com ele, é mais fácil construir APIs objetivando serviços web mais eficientes.
7. Ramaze
O framework Ramaze pode ser usado no desenvolvimento web em Ruby por ser muito direto e simples. Costuma-se dizer que ele possibilita as coisas complexas, além de deixar as coisas simples mais simples ainda. Além disso, ele funciona com qualquer ORM e kit de ferramentas de banco de dados.
8. Camping
Entre os frameworks Ruby, o Camping é um dos menores, cujo código-fonte cabe em uma única página. Apesar disso, ele pode ser muito útil e apresentar um bom desempenho. Sua vantagem é a flexibilidade. Ele aceita outros recursos à medida em que o seu projeto cresce. Também é possível acrescentar um sistema de plugins simples, pois ele é facilmente extensível.
9. Volt
O Volt permite o desenvolvimento de aplicativos dinâmicos no lado front-end e no lado back-end sem que seja preciso recorrer aos códigos em JavaScript. Afinal, muitos frameworks JS, como Angular.js e Ember.js, exigem um aplicativo de back-end e, assim, são usados com estruturas da web, como Ruby on Rails. Mas o Volt pode gerenciar sozinho o back e o front-end dinâmico.
10. Roda
O princípio do framework Roda é o mesmo do Sinatra, porém, com o diferencial de suportar grandes aplicativos da web. Mas as rotas de ambos são expressas diretamente usando DSL baseado em blocos. Além disso, o valor de retorno do bloco é usado como resposta. Roda ainda usa uma árvore de roteamento, já o Sinatra utiliza uma lista de rotas.
Conclusão
A linguagem Ruby é muito versátil, sendo um dos idiomas mais usados no desenvolvimento web, na criação de softwares e aplicativos. Por isso, o desenvolvedor que optar por essa carreira deve estudar a linguagem e os seus diferenciais, mas também conhecer os seus principais frameworks Ruby para estar pronto para o mercado de trabalho.
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