Encontrar o profissional ideal para desenvolver aplicativos Android é um dos grandes desafios para empresas que buscam excelência tecnológica. Desenvolvedores Android nativos, especializados em linguagens como Kotlin e Java, são fundamentais para garantir a criação de aplicativos bem otimizados, estáveis e perfeitamente integrados ao ecossistema Android. Por isso, entrevistar DEV Mobile Android de forma estruturada e assertiva é essencial para identificar não apenas habilidades técnicas, mas também a capacidade de resolver problemas e criar experiências que atendam às necessidades dos usuários.
Neste artigo, você encontrará um roteiro de perguntas organizadas por nível de experiência (júnior, pleno e sênior) que vão ajudar recrutadores e gestores de tecnologia a conduzirem entrevistas mais precisas e eficientes. O objetivo é garantir uma avaliação completa dos candidatos, considerando tanto domínio das tecnologias, como boas práticas de desenvolvimento, arquitetura de software e performance. Assim, sua empresa aumenta as chances de contratar profissionais realmente capacitados para entregar aplicativos robustos, escaláveis e alinhados às tendências do desenvolvimento Android atual.
Entrevistar DEV Mobile Android do nível Júnior
Ao entrevistar um DEV Mobile Android do nível Júnior, é fundamental focar na avaliação dos conhecimentos básicos sobre desenvolvimento nativo, principalmente em Kotlin e Java, além da compreensão dos fundamentos do ecossistema Android. Neste estágio, mais do que uma experiência prática extensa, espera-se que o candidato demonstre domínio dos conceitos fundamentais, curiosidade, disposição para aprender e capacidade de aplicar boas práticas no desenvolvimento de interfaces, navegação e consumo de APIs. Uma entrevista bem conduzida permite identificar se o profissional tem a base necessária para evoluir rapidamente dentro da equipe e contribuir com qualidade desde os primeiros projetos.
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1 – O que é uma Activity no Android?
É um componente que representa uma única tela com interface. Cada Activity gerencia a interação do usuário com uma parte da interface.
2 – Explique o que é um Fragment.
Fragment é um componente reutilizável que representa uma parte da interface ou comportamento dentro de uma Activity, permitindo UIs flexíveis.
3 – Qual a diferença entre Activity e Fragment?
Activity é uma tela inteira, enquanto Fragment é uma parte da tela. Fragment precisa de uma Activity para existir.
4 – Para que serve o arquivo AndroidManifest.xml?
Ele declara componentes da aplicação (Activities, Services, Broadcasts), permissões e configurações essenciais para o sistema Android.
5 – O que é o ciclo de vida de uma Activity?
São os estados que a Activity passa, como onCreate(), onStart(), onResume(), onPause(), onStop() e onDestroy(), controlando sua criação e destruição.
6 – Cite dois métodos do ciclo de vida de uma Activity e sua função.
- onCreate(): inicializa a Activity e carrega layouts.
- onPause(): chamado quando a Activity perde o foco, ideal para salvar dados temporários.
7 – O que é ViewModel e qual seu benefício?
ViewModel armazena e gerencia dados relacionados à UI, sobrevivendo a mudanças de configuração, como rotações.
8 – O que é uma RecyclerView e para que serve?
É um componente de lista que exibe grandes conjuntos de dados de forma eficiente, com rolagem otimizada e reaproveitamento de views.
9 – Explique brevemente o que é um Adapter.
Adapter faz a ponte entre os dados e a RecyclerView, convertendo cada item de dados em uma View a ser exibida.
10 – O que é uma Intent no Android?
É um objeto que permite comunicação entre componentes (como abrir uma Activity ou enviar dados para outro app).
11 – Para que servem as permissões no Android?
Controlam o acesso a recursos sensíveis, como câmera, localização e armazenamento, protegendo a privacidade do usuário.
12 – O que são recursos (resources) no Android?
São arquivos externos, como strings, imagens, cores e layouts, que ajudam na organização e na internacionalização do app.
13 – Cite uma vantagem de usar Kotlin no desenvolvimento Android.
Kotlin tem sintaxe mais concisa, reduz boilerplate e possui recursos modernos, como null safety, que previnem erros.
14 – Explique o conceito de Null Safety em Kotlin.
É uma forma de evitar erros de referência nula, forçando o desenvolvedor a tratar casos onde uma variável pode ser nula.
15 – O que é Gradle e qual sua função no Android?
É uma ferramenta de automação de build. Gerencia dependências, configurações e gera os APKs do aplicativo.
16 – Como o Android gerencia múltiplas telas e tamanhos de dispositivos?
Através de recursos diferenciados em pastas (layout-sw600dp, drawable-hdpi, etc.) e usando componentes como ConstraintLayout.
17 – Você sabe consumir uma API no Android? Como?
Sim, utilizando bibliotecas como Retrofit ou HttpUrlConnection, fazemos requisições HTTP e tratamos respostas para exibir dados no app.
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Entrevistar DEV Mobile Android do nível Pleno
Ao entrevistar um DEV Mobile Android do nível Pleno, o foco deve estar em avaliar não só o domínio dos fundamentos da plataforma, mas também a capacidade de desenvolver aplicações mais robustas, compreender arquiteturas, resolver problemas de performance e trabalhar com boas práticas.
Espera-se que esse profissional tenha experiência prática com consumo de APIs, integração de bibliotecas, versionamento de código e uma boa noção de padrões como MVVM, além de já atuar com certa autonomia dentro dos projetos. Veja as perguntas mais indicadas a seguir.
18 – Como você implementaria navegação em um aplicativo Android usando o Jetpack Navigation Component?
Utilizo o Navigation Graph para mapear os destinos e as ações, o NavController para controlar a navegação e o NavHostFragment como container. Isso facilita a gestão do backstack e transições.
19 – Como você consome APIs REST em um aplicativo Android? Cite bibliotecas que você utilizaria, como Retrofit ou Volley.
Uso principalmente Retrofit por ser simples e eficiente, junto com Gson ou Moshi para converter JSON. Também configuro o OkHttp para interceptações, logs e tratamento de erros.
20 – O que é o ViewModel no Android Jetpack e qual a sua importância?
O ViewModel gerencia dados da interface, sobrevive às mudanças de configuração (como rotação) e separa a lógica da UI, promovendo um código mais limpo e desacoplado.
21 – Explique o padrão MVVM e sua aplicação no Android.
MVVM separa responsabilidades em Model (dados), View (UI) e ViewModel (lógica de UI e dados), tornando o código mais escalável, testável e organizado.
22 – O que é LiveData e como ela funciona?
É um observável que é lifecycle-aware, ou seja, só notifica observadores ativos (como Activities ou Fragments), evitando vazamentos de memória e crashes.
23 – Quando utilizar Coroutine no Android?
Uso Coroutines para operações assíncronas como chamadas de rede, acesso ao banco de dados e processamento pesado, garantindo código mais limpo e performático.
24 – O que é Room e por que utilizá-lo?
Room é uma biblioteca de persistência que abstrai o SQLite com uma API mais segura, utilizando anotações, verificação em tempo de compilação e integração com LiveData e Coroutines.
25 – Como você implementa tratamento de erros em chamadas de API?
Uso try-catch com Coroutines, analiso códigos HTTP no Retrofit via interceptadores e trato respostas de erro com objetos como Response.error() ou sealed classes.
26 – O que é um sealed class e qual sua utilidade no Android?
Sealed class permite representar estados limitados e conhecidos, como Success, Error e Loading, sendo muito útil no gerenciamento de estados de UI.
27 – Como garantir uma boa performance em listas usando RecyclerView?
Uso ViewHolder corretamente, DiffUtil para atualizações eficientes, pagino dados quando necessário e evito criar objetos desnecessários no onBindViewHolder.
28 – Explique a diferença entre Service e WorkManager.
Service executa tarefas em segundo plano de curta duração e ativas. WorkManager é recomendado para tarefas persistentes, agendadas ou que devem sobreviver a reinicializações.
29 – O que é Dependency Injection e como aplicá-la no Android?
É um padrão que fornece dependências de forma externa, promovendo baixo acoplamento. Uso bibliotecas como Hilt ou Dagger para gerenciar isso no Android.
30 – Qual a diferença entre StateFlow e LiveData?
StateFlow é um flow quente, orientado a estado e mais adequado para lógica de negócios. LiveData é lifecycle-aware, focado na UI. StateFlow é mais moderno e mais usado com Kotlin puro.
31 – Como você lida com mudanças de configuração, como rotação de tela?
Utilizo ViewModel para manter os dados, Navigation Component para preservar o backstack e salvo estados transitórios no onSaveInstanceState quando necessário.
32 – O que é Proguard e qual sua função no Android?
Proguard é uma ferramenta que ofusca, reduz e otimiza o código, tornando o APK menor e mais difícil de ser decompilado, além de remover código não utilizado.
33 – Quais são as melhores práticas para garantir segurança no app Android?
Uso obfuscação (Proguard/R8), armazeno dados sensíveis com EncryptedSharedPreferences ou Keystore, valido SSL nas chamadas de API e evito expor dados no código.
34 – Como você trabalha com múltiplos módulos em um projeto Android?
Divido o projeto em módulos como app, data, domain e features, promovendo melhor organização, reaproveitamento de código e builds mais rápidos.
Entrevistar DEV Mobile Android do nível Sênior
Na entrevista com um desenvolvedor Android Sênior, o foco vai além das habilidades técnicas básicas e intermediárias. Espera-se que esse profissional tenha domínio profundo da plataforma Android, arquitetura de software, clean code, testes, segurança e performance.
Além disso, é essencial avaliar sua capacidade de tomar decisões técnicas, liderar times, propor soluções escaláveis e colaborar no desenho de arquiteturas robustas, além de se manter atualizado com as melhores práticas e tendências do desenvolvimento mobile.
Observe a lista de perguntas para nível Sênior e utilize-as em sua entrevista técnica.
35 – Como você implementaria um banco de dados local em um aplicativo Android usando Room?
Defino entidades com anotações @Entity, crio DAOs para operações CRUD com @Dao, e inicializo o RoomDatabase via singleton. Utilizo integração com Coroutines, Flow ou LiveData para operações assíncronas.
36 – Explique como você gerenciaria a arquitetura de um aplicativo Android usando MVVM ou Clean Architecture.
No MVVM, separo View, ViewModel e Model. Na Clean Architecture, uso camadas (Data, Domain e Presentation) para isolar regras de negócio, abstrações e frameworks, garantindo um código escalável, testável e de fácil manutenção.
37 – O que é o WorkManager e quando ele deve ser utilizado?
O WorkManager executa tarefas assíncronas que precisam ser garantidamente concluídas, mesmo após o app ser fechado ou o dispositivo reiniciado. É ideal para sincronizações em segundo plano, uploads e backups.
38 – Como você realiza testes unitários e de interface em um projeto Android?
Para testes unitários uso JUnit, Mockito ou MockK para mocks e validação de regras de negócio. Para testes de UI, utilizo Espresso ou Compose Testing, simulando interações e verificando comportamento da interface.
39 – O que são coroutines em Kotlin e como você as utiliza para operações assíncronas no Android?
Coroutines permitem escrever código assíncrono de forma sequencial. Uso com suspend functions, viewModelScope para tarefas de UI e Dispatchers.IO para operações de I/O, como rede ou banco de dados.
40 – Como você implementa uma arquitetura modular no Android?
Divido o projeto em módulos como core, data, domain e features, garantindo independência, build mais rápido, melhor escalabilidade e facilitando o trabalho em equipes maiores.
41 – Explique como funciona o DataBinding e o ViewBinding.
ViewBinding gera classes seguras para acessar views, evitando findViewById. DataBinding permite vincular dados diretamente à UI no XML, reduzindo boilerplate e favorecendo MVVM.
42 – Como garantir segurança na comunicação com APIs?
Uso HTTPS obrigatório, certificate pinning, autenticação segura (OAuth2, JWT), criptografia de dados sensíveis no dispositivo e validação rigorosa de respostas e erros.
43 – O que são Flow e StateFlow e quando você os utiliza?
Flow é um stream de dados assíncronos, frio (starta quando coletado). StateFlow é quente, mantém o último valor emitido e é ideal para estados da UI. Uso ambos junto a coroutines.
44 – Quais práticas você adota para otimizar a performance de um app Android?
Analiso memória com Profiler, uso ferramentas como LeakCanary, otimizo layouts (ConstraintLayout), evito overdraw, implemento lazy loading e uso DiffUtil em listas.
45 – Explique o ciclo de vida de um Fragment e os desafios associados.
Fragments passam por estados como onAttach, onCreate, onCreateView, até onDestroyView e onDetach. Desafio está em gerenciar estados e evitar vazamentos quando views são destruídas.
46 – Como você implementa autenticação biométrica no Android?
Utilizo a API BiometricPrompt que oferece autenticação com impressão digital, face ou íris, integrando com fallback para PIN ou senha, garantindo segurança e melhor UX.
47 – Quais são os principais desafios no desenvolvimento para diferentes tamanhos e densidades de tela?
Adapto layouts com ConstraintLayout, Guideline, Percent e recursos como dimensões (dimens.xml) por densidade. Também testo com emuladores e dispositivos variados.
48 – Como você faz controle de dependências no Android?
Utilizo o Hilt (Dagger simplificado) para injeção de dependências, promovendo baixo acoplamento, melhor testabilidade e gestão eficiente de ciclos de vida.
49 – Como você lida com concorrência e sincronização no Android?
Uso coroutines com Dispatchers apropriados, combinando com Mutex ou Channel quando preciso de sincronização entre threads, evitando race conditions e deadlocks.
50 – Explique sua abordagem para publicar e manter um app na Google Play.
Sigo checklist de lançamento (testes, performance, segurança), configuro signing, preparo store listing, políticas e monitoro crash reports e métricas via Firebase, Crashlytics e Play Console.
SAIBA TAMBÉM
Como usar essas perguntas no processo seletivo?
Para usar essas perguntas de forma eficaz no processo seletivo, é fundamental adaptar o nível de complexidade ao perfil do candidato. Para vagas juniores, escolha questões que avaliem conhecimentos básicos e a capacidade de aprender e se adaptar.
Nos níveis pleno e sênior, priorize perguntas que explorem experiências práticas, domínio de arquiteturas, boas práticas e habilidades de resolução de problemas complexos. Essa adaptação ajuda a garantir que as perguntas estejam alinhadas às expectativas da vaga, tornando a avaliação mais justa e precisa.
Além disso, durante a entrevista, é importante observar não só o conteúdo técnico das respostas, mas também a clareza e a capacidade do candidato de explicar conceitos de forma simples e objetiva. Isso indica o domínio real do assunto e habilidade para comunicação, essencial em times colaborativos.
Como dica para o follow-up, proponha cenários práticos ou desafios baseados nas respostas iniciais do candidato, estimulando o raciocínio crítico e a aplicação dos conhecimentos no contexto real do desenvolvimento Android. Dessa forma, você terá uma visão mais completa do potencial do profissional.
Conclusão
Perguntas bem elaboradas aliadas a desafios práticos são fundamentais para identificar o desenvolvedor Android nativo ideal, capaz de entregar soluções eficientes e alinhadas às necessidades da equipe. Uma entrevista estruturada permite avaliar não apenas o conhecimento técnico, mas também a capacidade de resolver problemas reais e se adaptar ao ambiente de trabalho.
Para potencializar ainda mais o processo seletivo, recomendamos que recrutadores explorem ferramentas especializadas, como a Coodesh, que oferecem avaliações técnicas detalhadas e personalizadas, facilitando a seleção dos melhores talentos de forma ágil e assertiva. Assim, sua equipe estará sempre preparada para os desafios do desenvolvimento mobile.Agora que você chegou ao fim do artigo, aproveite para visitar o nosso site e pedir uma demonstração ao nosso time de especialistas.