O ciclo de vida do profissional tech vai da atração ao offboarding. Desde o momento em que ele tem o primeiro contato com a empresa até o seu desligamento. Todas as experiências que ele tem, em diferentes momentos, fazem parte desse conceito. Então, como melhorar esse relacionamento, reforçar o employer branding e ainda desenvolver o colaborador da área tech? Confira neste artigo.
Muitas pessoas passam mais de 10 anos numa mesma empresa. Outras ficam menos de 2 anos. O tempo de permanência ou job hopping varia muito de acordo com as expectativas do funcionário, as condições oferecidas pela empresa e as oscilações do mercado. Essa dinâmica interfere diretamente no ciclo de vida do profissional tech.
Mas é preciso entender que há algumas particularidades nas equipes de TI (Tecnologia da Informação), principalmente entre os desenvolvedores e programadores. Afinal, a tecnologia evolui muito rápido e é preciso estar sempre estudando para acompanhar as tendências. É aí que a empresa assume um papel de oferecer um suporte e estimular o desenvolvimento profissional.
Certamente, a busca por conhecimento e atualização também depende (e muito) de cada profissional. Mas a empresa, como foi dito, pode assumir um papel importante neste processo.
Como entender o ciclo de vida do profissional tech
O ciclo de vida do profissional tech diz respeito a toda vivência do talento na empresa, desde o momento em que ele é atraído pela marca em um anúncio de uma vaga de emprego até o dia em que ele encerra seu contrato PJ ou assina sua rescisão de contrato trabalhista.
As relações trabalhistas vão muito além das normas jurídicas, mas trazem laços de amizade, respeito, mentoria, inspiração profissional e muitos outros reflexos. Afinal, passamos a maior parte do tempo envolvidos com as questões da empresa. Por isso, é tão importante mantermos um relacionamento saudável entre colaboradores e gestores.
Nesse sentido, explicaremos agora cada uma das etapas do ciclo de vida do profissional tech na empresa, seja ela mais tradicional ou mais moderna, como as startups.
Atração
Como a marca se comunica com os potenciais candidatos? A maneira como ela divulga uma vaga diz muito sobre a sua cultura organizacional. Se ela tem uma página de carreiras, se divulga a faixa salarial e se é suficientemente clara nos requisitos, já conquista pessoas mais qualificadas. Assim, o candidato já pode imaginar o que lhe espera caso se candidate e seja aprovado.
Recrutamento
Quando o candidato entra no fluxo do recrutamento, desde a triagem de currículos até a entrevista final, ele pode ter uma experiência positiva ou negativa com a marca empregadora da empresa. Um momento crucial é o feedback de uma etapa para a outra. É importante que o recrutamento seja pautado na empatia e no respeito a todos os candidatos, dando o mesmo peso àqueles que avançaram e aos desaprovados.
Onboarding
É no onboarding que começa, oficialmente, o vínculo entre o colaborador e a empresa. Nos times de desenvolvedores, é fundamental que o novo funcionário encontre processos documentados, profissionais seniores dispostos a colaborar e uma liderança ética e empática com o momento em que o novo colaborador está vivenciando.
Retenção
Mas o trabalho do RH não termina no recrutamento e no onboarding. Aí vem o momento da retenção. É preciso engajar este novo colaborador. Como? Com políticas de retenção, como uma cultura organizacional flexível, feedbacks estruturados, equipes colaborativas, uma política forte de composição salarial e benefícios, entre outros. Na área tech, é muito importante que a empresa ofereça treinamentos e subsidie a realização de novos cursos.
Desenvolvimento
Após o início da fase de retenção, começa a política de desenvolvimento. O RH pode realizar um mapeamento de habilidades para conhecer o nível do colaborador. A partir daí, com esse embasamento, ele tem um retrato fiel do seu funcionário e pode começar a implantar o PDI (Plano de Desenvolvimento Individual) e o PDE (Plano de Desenvolvimento da Equipe).
Offboarding
Por inúmeros motivos, o profissional pode se desligar ou ser desligado da empresa. Essa dinâmica é natural. O offboarding, ao contrário do onboarding, é o fim do ciclo de vida do profissional tech na empresa. Muitos falam em demissão humanizada, o que até é alvo de críticas nas redes sociais, porém, é importante encontrar um ponto de equilíbrio para promover um momento satisfatório. Algumas empresas têm, inclusive, uma política de reencaminhamento deste profissional no mercado de trabalho, caso ele ainda não tenha uma nova proposta.
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Conhecer as skills é fundamental
Conhecer as habilidades técnicas de um profissional de TI é de vital importância para o sucesso das práticas de retenção em uma empresa. A área de Tecnologia da Informação é notoriamente dinâmica e complexa, e as habilidades técnicas de um indivíduo desempenham um papel crítico na eficiência operacional e na inovação tecnológica.
Ao compreender as competências e conhecimentos específicos de cada membro da equipe de TI, a liderança da empresa pode tomar decisões mais informadas sobre alocação de recursos, treinamento e desenvolvimento, além de direcionar o pessoal para projetos alinhados com suas competências. Isso não só otimiza o desempenho da equipe de TI, mas também aumenta a satisfação dos funcionários, uma vez que eles se sentem valorizados e desafiados em seu trabalho.
Além disso, a compreensão das habilidades técnicas individuais dos profissionais de TI também é fundamental para a estratégia de retenção de talentos. Ao identificar os pontos fortes e fracos de sua equipe, as empresas podem criar planos de carreira personalizados, oferecer oportunidades de crescimento e reconhecimento, além de manter a competitividade salarial.
Isso não apenas ajuda a atrair e manter os melhores talentos na empresa, mas também contribui para um ambiente de trabalho mais saudável, onde os profissionais de TI se sentem valorizados e têm motivação para permanecer a longo prazo, impulsionando o sucesso da empresa.
Conclusão
O ciclo de vida do profissional tech possui diferentes momentos, mas em todos eles a empresa deve levar em consideração a importância de uma boa experiência, envolvendo lideranças e processos que estimulem o desenvolvimento.
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