“Universo Front-end: quais tecnologias dominar?” foi o tema de mais um episódio da segunda temporada do Coodesh DevTalks. Eu bati um papo com o software engineer sênior da OLX Brasil, Gabriel Barreto. Você não conseguiu acompanhar a transmissão ao vivo? Aproveite para ver um resumo e o vídeo gravado neste conteúdo do blog Coodesh.
Antes de mais nada, deixe-me apresentar o nosso amigo e convidado Gabriel Barreto. Ele tem quase 10 anos de experiência na área tech, sendo os últimos cinco anos como desenvolvedor e engenheiro de software. Já passou por diversas áreas, como Front, Back, Mobile e DevOps. Construiu sua carreira no Front-end, mas ultimamente tem se dedicado ao Back-end. E, para saber mais, acompanhe a leitura até o final.
Como todo DEV, ele foi uma criança curiosa. Quando o primeiro computador chegou à sua casa, era ele quem mais mexia na máquina e passava horas fuçando para saber mais. Logo, ele descobriu que era isso que queria fazer quando crescesse.
Fez um curso de Técnico em Informática com Ênfase em Programação no SENAI (Serviço de Aprendizagem Industrial) do Paraná e conseguiu seu primeiro estágio numa loja de informática, onde trabalhava com hardware. Ele achava que programação não era para ele, aliás, ele tinha zero contato com códigos.
Mas o ano era 2019 e ele foi convidado por um ex-professor para trabalhar na sua startup de software house como um DEV Júnior. A função era de Full-stack, e Gabriel Barreto aceitou o desafio depois de ter passado no processo seletivo mesmo tendo ficado distante das linguagens de programação desde o curso técnico.
Esse primeiro contato, de fato, com a programação o fez persistir na área. Hoje ele é software engineer numa big company e pretende ir além. “Já passei por fintech, startup, a minha trajetória já é longa, mas sei que ainda tenho muito o que aprender”, comenta.
Quando olha para trás, Gabriel Barreto lembra das dificuldades que geraram ansiedade no começo da carreira, bem como o sentimento de síndrome de impostor que o rondava.
Afinal, ele estudava o universo Front-end, mas a “mão na massa” fazia toda a diferença. Na vontade de acertar logo, ele acabava dando um passo maior que a perna e ficava frustrado quando as coisas não saiam como o previsto.
Ainda bem que ele foi persistente e encontrou muito apoio no ex-professor, que atuou como um mentor. Assim, começou a escrever sua história na carreira DEV.
Gabriel Barreto começou no universo Front-end. Ele passou por JavaScript, Python, Java, Kotlin e Swift em diferentes momentos.
Mas tudo isso o fez perceber que é importante, no começo da jornada, dedicar-se a uma linguagem, porém ter conhecimento de outros idiomas, desde as tecnologias legadas até as mais hypes.
Além disso, ele teve contato com vários paradigmas de programação. “O pessoal deixa de lado o paradigma de programação e foca muito em framework”, cita. Segundo ele, isso não é bom porque é importante equilibrar a busca por conhecimento em linguagem e em paradigma de programação. O framework pode deixar o DEV dependente. “Se eu faço só o que o framework me fornece, aí quebro a produção”, acrescenta.
Dentro da OLX Brasil, hoje, Gabriel Barreto atua com os lados Front e Back-end. Ele trabalha mais com o TypeScript. Porém, em microsserviços ele acaba usando GoLang, Java Python e um pouco de Scala (em refatoração de código). Entre os frameworks mais usados estão Vue.js, Next.js, Backbone.js, Svelte e Angular 4.
Diferentemente de alguns profissionais que defendem uma tecnologia em detrimento de outra, o Gabriel Barreto disse que não tem preferência, como entre Vue e React. Mas ele considera que tem mais facilidade e está mais adaptado ao Vue. Já no Back, ele utiliza Spring, Express, Nest.js e GoLang (puro).
Gabriel Barreto conta ainda que a escolha da stack nos projetos desenvolvidos na OLX depende muito de cada squad, mas que geralmente segue-se o padrão já usado nos demais projetos da empresa.
Outro recurso que faz parte do seu dia a dia é o Storybook, que é um workshop de Front-end usado para criar componentes e páginas de interface de forma isolada.
O software engineer, hoje sênior, Gabriel Barreto deu várias dicas para os juninhos. Aliás, é o que ele gostaria de ter praticado quando começou a codar.
Para ele, quem está começando no universo Front-end deve aprender JavaScript, HTML e CSS. No JavaScript, por exemplo, a dica é montar uma trilha de aprendizado, desde o uso do DOM até o paradigma de programação. Depois de aprender bem sobre o “feijão com arroz” do universo Front-end, deve partir para os frameworks. “Não tenho preferência entre o Vue, React ou Angular”, diz.
À medida que o DEV vai evoluindo, vai adicionando novas habilidades, como Clean Code e SOLID.
Além disso, ele lembra que “não é em seis meses” que o DEV estará pronto, pois pode demorar mais. “O ponto-chave é persistir, aplicar e coletar feedback de outras pessoas”, frisa.
O feedback pode vir de um líder, de um colega com a mesma senioridade ou de um tech recruiter (quando recebe um “não” no processo seletivo). “O importante é saber onde você pode melhorar”, aponta. Para isso, ele aposta na cultura do “one-on-one” onde pede franqueza e transparência de quem está dando o feedback.
Soft skills
Além das hard skills exigidas na profissão, o nosso convidado falou sobre a importância das soft skills. Uma das mais importantes é a comunicação. Muitos DEVs gostam de trabalhar sozinhos, colocar o fone de ouvido, ouvir uma música e codar à vontade. Mas, para Gabriel Barreto, é fundamental ser comunicativo, não guardar dúvidas para si e saber como perguntar.
Livros e influencers
Para finalizar nosso talk, Gabriel Barreto deixou dicas de leitura e de influencers no universo Front-end. Confira:
Este foi mais um Coodesh DevTalks, que traz dicas para developers com profissionais do nível sênior de várias áreas. Siga nosso canal no YouTube e não perca os próximos encontros.
E se você quer ser nosso convidado para o próximo encontro, preencha nosso formulário aqui.
Por Glaydston Veloso
COO da Coodesh
“Universo Front-end: quais tecnologias dominar?” foi o tema de mais um episódio da segunda temporada do Coodesh DevTalks. Eu bati um papo com o software engineer sênior da OLX Brasil, Gabriel Barreto. Você não conseguiu acompanhar a transmissão ao vivo? Aproveite para ver um resumo e o vídeo gravado neste conteúdo do blog Coodesh.
Antes de mais nada, deixe-me apresentar o nosso amigo e convidado Gabriel Barreto. Ele tem quase 10 anos de experiência na área tech, sendo os últimos cinco anos como desenvolvedor e engenheiro de software. Já passou por diversas áreas, como Front, Back, Mobile e DevOps. Construiu sua carreira no Front-end, mas ultimamente tem se dedicado ao Back-end. E, para saber mais, acompanhe a leitura até o final.
Como todo DEV, ele foi uma criança curiosa. Quando o primeiro computador chegou à sua casa, era ele quem mais mexia na máquina e passava horas fuçando para saber mais. Logo, ele descobriu que era isso que queria fazer quando crescesse.
Fez um curso de Técnico em Informática com Ênfase em Programação no SENAI (Serviço de Aprendizagem Industrial) do Paraná e conseguiu seu primeiro estágio numa loja de informática, onde trabalhava com hardware. Ele achava que programação não era para ele, aliás, ele tinha zero contato com códigos.
Mas o ano era 2019 e ele foi convidado por um ex-professor para trabalhar na sua startup de software house como um DEV Júnior. A função era de Full-stack, e Gabriel Barreto aceitou o desafio depois de ter passado no processo seletivo mesmo tendo ficado distante das linguagens de programação desde o curso técnico.
Esse primeiro contato, de fato, com a programação o fez persistir na área. Hoje ele é software engineer numa big company e pretende ir além. “Já passei por fintech, startup, a minha trajetória já é longa, mas sei que ainda tenho muito o que aprender”, comenta.
Quando olha para trás, Gabriel Barreto lembra das dificuldades que geraram ansiedade no começo da carreira, bem como o sentimento de síndrome de impostor que o rondava.
Afinal, ele estudava o universo Front-end, mas a “mão na massa” fazia toda a diferença. Na vontade de acertar logo, ele acabava dando um passo maior que a perna e ficava frustrado quando as coisas não saiam como o previsto.
Ainda bem que ele foi persistente e encontrou muito apoio no ex-professor, que atuou como um mentor. Assim, começou a escrever sua história na carreira DEV.
Gabriel Barreto começou no universo Front-end. Ele passou por JavaScript, Python, Java, Kotlin e Swift em diferentes momentos.
Mas tudo isso o fez perceber que é importante, no começo da jornada, dedicar-se a uma linguagem, porém ter conhecimento de outros idiomas, desde as tecnologias legadas até as mais hypes.
Além disso, ele teve contato com vários paradigmas de programação. “O pessoal deixa de lado o paradigma de programação e foca muito em framework”, cita. Segundo ele, isso não é bom porque é importante equilibrar a busca por conhecimento em linguagem e em paradigma de programação. O framework pode deixar o DEV dependente. “Se eu faço só o que o framework me fornece, aí quebro a produção”, acrescenta.
Dentro da OLX Brasil, hoje, Gabriel Barreto atua com os lados Front e Back-end. Ele trabalha mais com o TypeScript. Porém, em microsserviços ele acaba usando GoLang, Java Python e um pouco de Scala (em refatoração de código). Entre os frameworks mais usados estão Vue.js, Next.js, Backbone.js, Svelte e Angular 4.
Diferentemente de alguns profissionais que defendem uma tecnologia em detrimento de outra, o Gabriel Barreto disse que não tem preferência, como entre Vue e React. Mas ele considera que tem mais facilidade e está mais adaptado ao Vue. Já no Back, ele utiliza Spring, Express, Nest.js e GoLang (puro).
Gabriel Barreto conta ainda que a escolha da stack nos projetos desenvolvidos na OLX depende muito de cada squad, mas que geralmente segue-se o padrão já usado nos demais projetos da empresa.
Outro recurso que faz parte do seu dia a dia é o Storybook, que é um workshop de Front-end usado para criar componentes e páginas de interface de forma isolada.
O software engineer, hoje sênior, Gabriel Barreto deu várias dicas para os juninhos. Aliás, é o que ele gostaria de ter praticado quando começou a codar.
Para ele, quem está começando no universo Front-end deve aprender JavaScript, HTML e CSS. No JavaScript, por exemplo, a dica é montar uma trilha de aprendizado, desde o uso do DOM até o paradigma de programação. Depois de aprender bem sobre o “feijão com arroz” do universo Front-end, deve partir para os frameworks. “Não tenho preferência entre o Vue, React ou Angular”, diz.
À medida que o DEV vai evoluindo, vai adicionando novas habilidades, como Clean Code e SOLID.
Além disso, ele lembra que “não é em seis meses” que o DEV estará pronto, pois pode demorar mais. “O ponto-chave é persistir, aplicar e coletar feedback de outras pessoas”, frisa.
O feedback pode vir de um líder, de um colega com a mesma senioridade ou de um tech recruiter (quando recebe um “não” no processo seletivo). “O importante é saber onde você pode melhorar”, aponta. Para isso, ele aposta na cultura do “one-on-one” onde pede franqueza e transparência de quem está dando o feedback.
Soft skills
Além das hard skills exigidas na profissão, o nosso convidado falou sobre a importância das soft skills. Uma das mais importantes é a comunicação. Muitos DEVs gostam de trabalhar sozinhos, colocar o fone de ouvido, ouvir uma música e codar à vontade. Mas, para Gabriel Barreto, é fundamental ser comunicativo, não guardar dúvidas para si e saber como perguntar.
Livros e influencers
Para finalizar nosso talk, Gabriel Barreto deixou dicas de leitura e de influencers no universo Front-end. Confira:
Este foi mais um Coodesh DevTalks, que traz dicas para developers com profissionais do nível sênior de várias áreas. Siga nosso canal no YouTube e não perca os próximos encontros.
E se você quer ser nosso convidado para o próximo encontro, preencha nosso formulário aqui.
Por Glaydston Veloso
COO da Coodesh
“Universo Front-end: quais tecnologias dominar?” foi o tema de mais um episódio da segunda temporada do Coodesh DevTalks. Eu bati um papo com o software engineer sênior da OLX Brasil, Gabriel Barreto. Você não conseguiu acompanhar a transmissão ao vivo? Aproveite para ver um resumo e o vídeo gravado neste conteúdo do blog Coodesh.
Antes de mais nada, deixe-me apresentar o nosso amigo e convidado Gabriel Barreto. Ele tem quase 10 anos de experiência na área tech, sendo os últimos cinco anos como desenvolvedor e engenheiro de software. Já passou por diversas áreas, como Front, Back, Mobile e DevOps. Construiu sua carreira no Front-end, mas ultimamente tem se dedicado ao Back-end. E, para saber mais, acompanhe a leitura até o final.
Como todo DEV, ele foi uma criança curiosa. Quando o primeiro computador chegou à sua casa, era ele quem mais mexia na máquina e passava horas fuçando para saber mais. Logo, ele descobriu que era isso que queria fazer quando crescesse.
Fez um curso de Técnico em Informática com Ênfase em Programação no SENAI (Serviço de Aprendizagem Industrial) do Paraná e conseguiu seu primeiro estágio numa loja de informática, onde trabalhava com hardware. Ele achava que programação não era para ele, aliás, ele tinha zero contato com códigos.
Mas o ano era 2019 e ele foi convidado por um ex-professor para trabalhar na sua startup de software house como um DEV Júnior. A função era de Full-stack, e Gabriel Barreto aceitou o desafio depois de ter passado no processo seletivo mesmo tendo ficado distante das linguagens de programação desde o curso técnico.
Esse primeiro contato, de fato, com a programação o fez persistir na área. Hoje ele é software engineer numa big company e pretende ir além. “Já passei por fintech, startup, a minha trajetória já é longa, mas sei que ainda tenho muito o que aprender”, comenta.
Quando olha para trás, Gabriel Barreto lembra das dificuldades que geraram ansiedade no começo da carreira, bem como o sentimento de síndrome de impostor que o rondava.
Afinal, ele estudava o universo Front-end, mas a “mão na massa” fazia toda a diferença. Na vontade de acertar logo, ele acabava dando um passo maior que a perna e ficava frustrado quando as coisas não saiam como o previsto.
Ainda bem que ele foi persistente e encontrou muito apoio no ex-professor, que atuou como um mentor. Assim, começou a escrever sua história na carreira DEV.
Gabriel Barreto começou no universo Front-end. Ele passou por JavaScript, Python, Java, Kotlin e Swift em diferentes momentos.
Mas tudo isso o fez perceber que é importante, no começo da jornada, dedicar-se a uma linguagem, porém ter conhecimento de outros idiomas, desde as tecnologias legadas até as mais hypes.
Além disso, ele teve contato com vários paradigmas de programação. “O pessoal deixa de lado o paradigma de programação e foca muito em framework”, cita. Segundo ele, isso não é bom porque é importante equilibrar a busca por conhecimento em linguagem e em paradigma de programação. O framework pode deixar o DEV dependente. “Se eu faço só o que o framework me fornece, aí quebro a produção”, acrescenta.
Dentro da OLX Brasil, hoje, Gabriel Barreto atua com os lados Front e Back-end. Ele trabalha mais com o TypeScript. Porém, em microsserviços ele acaba usando GoLang, Java Python e um pouco de Scala (em refatoração de código). Entre os frameworks mais usados estão Vue.js, Next.js, Backbone.js, Svelte e Angular 4.
Diferentemente de alguns profissionais que defendem uma tecnologia em detrimento de outra, o Gabriel Barreto disse que não tem preferência, como entre Vue e React. Mas ele considera que tem mais facilidade e está mais adaptado ao Vue. Já no Back, ele utiliza Spring, Express, Nest.js e GoLang (puro).
Gabriel Barreto conta ainda que a escolha da stack nos projetos desenvolvidos na OLX depende muito de cada squad, mas que geralmente segue-se o padrão já usado nos demais projetos da empresa.
Outro recurso que faz parte do seu dia a dia é o Storybook, que é um workshop de Front-end usado para criar componentes e páginas de interface de forma isolada.
O software engineer, hoje sênior, Gabriel Barreto deu várias dicas para os juninhos. Aliás, é o que ele gostaria de ter praticado quando começou a codar.
Para ele, quem está começando no universo Front-end deve aprender JavaScript, HTML e CSS. No JavaScript, por exemplo, a dica é montar uma trilha de aprendizado, desde o uso do DOM até o paradigma de programação. Depois de aprender bem sobre o “feijão com arroz” do universo Front-end, deve partir para os frameworks. “Não tenho preferência entre o Vue, React ou Angular”, diz.
À medida que o DEV vai evoluindo, vai adicionando novas habilidades, como Clean Code e SOLID.
Além disso, ele lembra que “não é em seis meses” que o DEV estará pronto, pois pode demorar mais. “O ponto-chave é persistir, aplicar e coletar feedback de outras pessoas”, frisa.
O feedback pode vir de um líder, de um colega com a mesma senioridade ou de um tech recruiter (quando recebe um “não” no processo seletivo). “O importante é saber onde você pode melhorar”, aponta. Para isso, ele aposta na cultura do “one-on-one” onde pede franqueza e transparência de quem está dando o feedback.
Soft skills
Além das hard skills exigidas na profissão, o nosso convidado falou sobre a importância das soft skills. Uma das mais importantes é a comunicação. Muitos DEVs gostam de trabalhar sozinhos, colocar o fone de ouvido, ouvir uma música e codar à vontade. Mas, para Gabriel Barreto, é fundamental ser comunicativo, não guardar dúvidas para si e saber como perguntar.
Livros e influencers
Para finalizar nosso talk, Gabriel Barreto deixou dicas de leitura e de influencers no universo Front-end. Confira:
Este foi mais um Coodesh DevTalks, que traz dicas para developers com profissionais do nível sênior de várias áreas. Siga nosso canal no YouTube e não perca os próximos encontros.
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