Equipes plurais têm melhores rendimentos. Pensando nisso, o RH (Recursos Humanos) das empresas começou a delegar novas funções, fazendo surgir a figura do Analista de Diversidade e Inclusão, ou simplesmente D&I. Mas afinal, como se tornar um profissional nesta área?
Você já deve ter visto notícias sobre bancos e grandes redes varejistas que fizeram campanhas para contratar apenas pessoas pretas, PcDs (Pessoas com Deficiência), mulheres, 50+ ou representantes da comunidade LGBTQIAPN+ para compor seus times.
Todas essas ações partiram de equipes lideradas por especialistas em D&I. Elas foram fruto, portanto, de muitas reuniões, análises, projetos e, acima de tudo, empatia pelo próximo. Além, é claro, do desejo de reduzir desigualdades num mercado de trabalho que é tão insensível na maioria das empresas.
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Isso porque a maioria dessas pessoas já sentiu-se vítima de preconceito ao procurar emprego, mesmo apresentando todas as habilidades necessárias para as vagas abertas.
Se você é apaixonado por esse tema e atua na área de RH (ou deseja chegar lá!) acompanhe o restante deste conteúdo. Assim, você saberá como está o mercado de trabalho para esta carreira.
O que faz um(a) Analista de Diversidade e Inclusão?
A carreira de Analista de Diversidade e Inclusão é relativamente nova no RH. Por certo, ela recebeu influência de leis trabalhistas e previdenciárias que dão destaque a alguns grupos, como os PcDs.
Para se ter uma ideia, a Lei de Cotas (Lei Federal 8.213/91) só trouxe nos anos 90 a necessidade de incluir pessoas com deficiência nas organizações. Para ficar dentro da lei, as empresas com mais de 100 funcionários(as) devem ter de 2% a 5% de seu quadro formado por pessoas com deficiência.
Contudo, não se trata apenas de cumprir a legislação. Afinal, o ambiente de trabalho, especialmente o presencial, não pode ser cenário de falas preconceituosas, machistas e racistas, não é mesmo?
Sendo assim, as responsabilidades de um(a) Analista de Diversidade e Inclusão vão muito além do planejamento de ações afirmativas para contratar grupos excluídos.
Confira, portanto, algumas das atividades deste(a) profissional:
- planejar a abertura de processos seletivos inclusivos;
- acompanhar as novas pessoas contratadas durante o onboarding;
- projetar ações do programa de diversidade;
- articular, com as demais áreas, treinamentos em conjunto e ações transversais voltadas ao tema;
- coordenar grupos de afinidade das temáticas de gênero, PcDs, etnia, raça e LGBTQIA+;
- ministrar treinamentos de diversidade para pessoas de empresas fornecedoras e os(as) demais colaboradores(as).
Sendo assim, é possível notar que a rotina da carreira é bastante agitada e exige muita dedicação.
Qual é a formação, salário e habilidades na área?
E, então, depois de ler sobre as atividades dessa função, você ficou interessado(a) em se lançar nessa área?
Basicamente, o(a) Analista de Diversidade e Inclusão já vem da carreira de RH, mas nada impede que ele(a) venha de outras áreas, como Psicologia e Administração.
Além disso, basta fazer uma busca rápida no Google para perceber que existem cursos de aperfeiçoamento no segmento de D&I. Mas além da formação oficial, há muito conteúdo gratuito na web e influenciadores digitais, especialmente no LinkedIn, que tratam do tema diversidade e inclusão.
SAIBA MAIS
Salários
Agora, um ponto que chama a atenção de quem deseja ingressar nessa profissão, é a remuneração, não é mesmo?
Como ela ainda está muito ligada às grandes companhias, os salários também costumam acompanhar esse perfil e ser mais alto. Segundo a consultoria Robert Half, os salários de um(a) Analista de Diversidade e Inclusão variam de R$ 11 mil a R$ 25 mil. Isso, certamente, depende muito da empresa e do contexto em que ela está.
Habilidades
Mas quais são as skills mais importantes e desejadas de um(a) Analista de Diversidade e Inclusão? Acompanhe abaixo algumas delas:
- conhecimento em gestão corporativa de diversidade;
- conhecimento em gestão de projetos e pessoas;
- boa oralidade;
- proatividade;
- dinamismo;
- bom relacionamento interpessoal;
- visão sistêmica e analítica.
Como você viu, são várias skills, não é mesmo? Mas para entender ainda melhor esse contexto, confira o vídeo abaixo no qual a Head de Recrutamento da Coodesh, Franciele Ghizzoni, conversa com a Analista de Atração e Seleção da Convenia (parceiro Coodesh), Luiza Boldo, sobre a importância da diversidade no recrutamento. O bate-papo ocorreu no Coodesh RecrutaTech.
Por que é importante contar com este(a) profissional?
A diversidade já é bastante consolidada em startups devido a uma visão mais humanizada e integral do quadro de colaboradores(as). Mas nas empresas em geral essa mudança de perfil ainda está um pouco distante.
Nesse sentido, algumas pesquisas mostram que as empresas também têm a ganhar com as ações afirmativas, além é claro, de toda a sociedade.
A pesquisa “A importância da diversidade”, da empresa McKinsey & Company, por exemplo, apontou que as empresas que adotam a diversidade têm 15% mais retornos financeiros que as que não implantam nenhuma ação. Enquanto isso, as organizações que promovem a diversidade racial e étnica são 35% mais inclinadas a terem bons resultados financeiros.
Mas quais ações poderiam ser adotadas por organizações que ainda não têm um Analista de Diversidade e Inclusão na equipe?
Uma das práticas é o recrutamento “às cegas”, ou seja, é como se o(a) candidato(a) estivesse no “The Voice” e fosse escolhido apenas pelas habilidades e skills comportamentais, independentemente do gênero ou qualquer outra característica.
Olhando para a diversidade com a avaliação de profissionais
O recrutamento tradicional, baseado somente no currículo, pode conter vieses individuais devido a processos já arraigados na sociedade, como o racismo estrutural.
Dessa forma, o recrutamento baseado na validação técnica é o mais imparcial e justo, visto que coloca em evidência os talentos e capacidades dos(as) candidatos(as). Com ele, onde a pessoa mora, qual é a sua idade, qual é o seu sexo, onde ela se formou e outras perguntas pessoais perdem a importância.
Há plataformas de assessments especializadas em testes comportamentais e técnicos. Além disso, a própria empresa pode criar testes para os processos de recrutamento.
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Conclusão
Já imaginou ser um(a) Analista de Diversidade e Inclusão? É uma carreira promissora e ligada a valores pessoais que podem lhe satisfazer no mundo corporativo.
Portanto, o(a) profissional desta área é tão útil para a empresa quanto para a sociedade de uma maneira geral.
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Nós somos a Coodesh, uma startup remota que atua na área de recrutamento e validação tech para startups e empresas que necessitem de profissionais de tecnologia.
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