Montando times em startups: saiba por onde começar

Montando times em startups: esse momento é um desafio. Afinal de contas, é preciso entender a fase em que a organização está vivendo. Além disso, não deixar nenhuma área descoberta. Isso porque é um erro pensar que reduzindo pessoal você estará aumentando o lucro. 

O Brasil tem hoje 22.200 startups em diferentes momentos, desde as que estão começando agora até as que já são consideradas “unicórnios”. 

Por falar nisso, a expressão criada em 2013 pela fundadora da Cowboy Ventures, Aileen Lee, representa as startups que alcançaram valuation de US$ 1 bilhão. 

Elas são o sonho de todo empreendedor. Mas chegar lá exige um time bem estruturado. Além de fazer a economia girar, as startups empregam muitas pessoas e cumprem seu papel econômico e social. O Relatório 2021 Wrapped Brazilian Startups (plataforma Sling) apontou que 100 mil pessoas foram contratadas em 2021 nas startups do país. 

Portanto, para você que está montando times em startups, saiba neste conteúdo por onde começar. 

Entendendo o momento da startup 

O primeiro passo é entender o momento da startup. Especialistas do ecossistema de startups apontam 5 fases principais. Veja quais são elas. 

  1. Ideação (pré-seed)

Neste estágio, a startup está começando a nascer. Trata-se do momento de ter ideias, fazer pesquisas, investigar as dores do público-alvo, levantar hipóteses e definir o produto ou serviço a ser oferecido no mercado. 

  1. Validação (seed)  

Este momento ocorre quando o produto ou serviço é colocado no mercado. Normalmente, isso se dá através do MVP (Minimum Viable Product ou Produto Mínimo Viável). Ele é o produto com as funcionalidades iniciais que podem ser alteradas conforme o feedback do mercado. 

  1. Operação (early stage) 

Neste estágio, o produto ou serviço já chegou em sua versão oficial, mas não final, pois ele é dinâmico e estará sempre em aprimoramento. É aqui que a empresa coloca as suas estratégias de marketing e vendas para deixar sua solução conhecida no mercado e, consequentemente, aumentar a clientela. 

  1. Tração (growth stage)

É a fase da maturidade da startup, ou seja, neste estágio ela já consolidou seu produto ou serviço no mercado, conquistou mais clientes e já atraiu investimentos externos para continuar crescendo. 

  1. Expansão (scale-up)

É o momento desejado por todo empreendedor. Nesta fase, a startup busca o crescimento exponencial, com aumento da base de clientes e de faturamento, bem como de funcionários. 

PJ vs CLT 

Quando estamos montando times em startups devemos levar em consideração a forma de contratação dos funcionários. É muito comum neste meio a contratação via PJ. Mas será que essa é a medida ideal? 

Só para lembrar, existem dois formatos de contratação: PJ e CLT. O primeiro é a contratação de prestadores de serviços que possuem CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas). E o segundo é via CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) com a contratação de empregados formais com registro na carteira de trabalho. 

Normalmente, é a empresa quem define a forma de contratação. Cabe ao profissional aceitar ou não a proposta. 

Portanto, se a sua política é reduzir a burocracia e os encargos trabalhistas, a solução é contratar via PJ. Nesse sentido, fique atento à contratação de profissionais do nível Júnior. Muitos deles não têm experiência com o gerenciamento do CNPJ e podem acabar atrasando a contratação. 

No entanto, se a sua intenção é assumir os encargos do funcionário celetista porque prefere contratar do modo convencional por gerar maior engajamento e envolvimento do colaborador, adote o sistema CLT nas contratações. 

Definindo as funções mais comuns 

Selecionamos algumas funções mais comuns para você que está montando times em startups. Confira. 

CEO (Chief Executive Officer ou Diretor Executivo)

É o fundador da empresa e responsável pelas decisões finais em termos de investimentos e direcionamentos do produto ou serviço. Ele conecta o negócio com o mercado. Embora não seja um funcionário contratado, é importante saber que o CEO é um pilar da startup, trabalhando para que ela atinja seus objetivos. 

COO (Chief Operating Officer ou Diretor Operacional) 

O COO realiza o planejamento, direcionamento e acompanhamento das principais ações de todos os setores da startup. De modo geral, ele está alinhado ao CEO e ao CFO, garantindo a produtividade e a rotina operacional da empresa. 

CTO (Chief Technology Officer ou Diretor de Tecnologia) 

Esse profissional é responsável pelas decisões tecnológicas que irão fundamentar o produto ou serviço. Portanto, também trabalha em conjunto com o CEO, COO e CFO. Sua missão é manter uma visão futurista, procurando e implantando sempre as melhores soluções. 

CMO (Chief Marketing Officer ou Diretor de Marketing) 

É o responsável pelo marketing de maneira mais ampla, buscando definir estratégias de marketing que serão usadas para fortalecer a imagem da empresa, bem como deixar clara a sua missão e propósito. 

CFO (Chief Financial Officer ou Diretor Financeiro) 

O CFO é responsável por manter a saúde financeira do empreendimento, sempre acompanhando as despesas fixas e variáveis, sugerindo medidas de controle e redução de gastos e apontando os melhores caminhos. Ele também está subordinado ao CEO e alinhado aos demais gestores. 

UI / UX Designer

Startups com produtos digitais, como websites, aplicativos e plataformas, precisam proporcionar uma boa experiência ao usuário. Por essa razão, o profissional UX/UI Designer precisa estar nos seus planos quando estiver montando times em startups. Empresas de e-commerce, fintechs, agências de publicidade, entre outros nichos, contratam profissionais desta área para desenhar soluções nas aplicações. 

Back-end developer 

Entrando agora no time de desenvolvimento, mais especificamente, uma das funções indispensáveis é a de desenvolvedor Back-end. O profissional é responsável por fazer a aplicação rodar, mesmo que o usuário não veja o recurso. Nesta área, é preciso conhecer e dominar linguagens e frameworks de back-end, como Go, PHP, Java, Ruby, além de banco de dados, como MySQL e PostgreSQL. 

Front-end developer 

Já as funcionalidades visíveis aos usuários é de responsabilidade do desenvolvedor Front-end. Ele é responsável por desenvolver a interface de um site ou aplicação. Portanto, ele precisa ser fluente em HTML, CSS e JavaScript. Além disso, dominar algum recurso como Angular, Vue.js ou Bootstrap. 

Full-stack developer 

O Full-stack developer é o profissional que mexe com back e front-end, além de banco de dados e mobile. Na prática, ele acaba se dedicando mais a uma das áreas, mas possui conhecimento para usar tecnologias que atendem a todas as demandas. 

QA (Quality Analyst ou Analista de Qualidade) 

O profissional de QA cuida da qualidade do produto. A pessoa que ocupa esta função é responsável pela análise do teste, estratégia de teste, testes exploratórios e análise de negócio. 

Data Scientist (Cientista de Dados) 

Este profissional é responsável por conduzir as análises de dados dominando vários mecanismos de mineração de dados e machine learning. Mas além da capacidade técnica, ele tem uma ampla visão de negócio para alinhar as principais demandas. 

DevOps (Desenvolvimento e Operações) 

DevOps é uma cultura, mas também uma função nas empresas. O profissional facilita que funções que anteriormente eram isoladas, podem ser desempenhadas em conjunto, atuando de forma coordenada e colaborativa. 

Tech Lead 

O tech lead acompanha os fluxos do time de desenvolvedores, mas tem um olhar voltado para o produto final. Portanto, ele orienta a equipe sobre o que deve ser desenvolvido primeiro, sempre em harmonia com o CTO e o DevOps. 

Arquiteto de Software

Este profissional trabalha para entregar valor aos clientes, parceiros e funcionários. Ele contribui para estimular a equipe a seguir as diretrizes de um projeto de desenvolvimento de software, pensando na qualidade dos sistemas, usabilidade, performance, entre outros aspectos. 

BDR e/ou SDR 

Agora entramos na equipe de vendas. Por isso, entre as funções mais importantes para você que está montando times em startups é a de BDR e/ou SDR. Confira o que representa cada um deles. 

O BDR é o Business Development Representative ou Representante de Desenvolvimento de Negócios. Ele é responsável pela prospecção ativa de leads, indo atrás dos potenciais clientes. 

O SDR é o Sales Development Representative ou Representante de Desenvolvimento de Vendas. Este profissional é responsável pela análise e qualificação de leads. Normalmente, ele faz o primeiro contato com o potencial cliente para verificar se ele é realmente lead quente. Portanto, pode usar uma lista de leads vindas do Inbound ou Outbound Marketing.  

Inside Sales 

O profissional responsável por Inside Sales tem a missão de prospectar clientes de forma remota (telefone, e-mail, WhatsApp e videochamada). O lado positivo para a sua startup é que você reduzirá gastos com deslocamento e terá leads mais segmentados. 

Customer Success 

O Customer Success ou CS (Sucesso do Cliente) é responsável por estratégias que visam reter clientes, sendo muito válido para a empresa, pois conquistar um novo cliente é 7 vezes mais caro que manter um atual. 

Analista de Mídia Social 

Entrando agora no time de marketing, o Analista de Mídia Social será responsável pelo posicionamento e branding da empresa nas redes sociais, traçando estratégias de divulgação e atração de leads. 

Analista de Marketing Digital 

O analista de marketing digital cuida de todas as estratégias das campanhas de marketing digital. Portanto, ele planeja, executa, analisa e acompanha as métricas, verificando o que está performando bem e o que pode ser descartado da estratégia. 

Tech Recruiter 

E agora estamos no time de RH. Nesta área, o tech recruiter exerce um papel fundamental. Ele é o recrutador técnico, responsável pelo recrutamento e seleção de profissionais de tecnologia, como desenvolvedores que irão atuar na linha de frente das aplicações do seu produto ou serviço. Sua missão é encontrar os talentos certos e evitar taxas de turnover encontrando as pessoas com bom fit cultural para as vagas. 

Talent Acquisition 

O talent acquisition também está ligado ao time de recrutamento e seleção, porém exerce uma ação contínua na busca de talentos para a empresa. Portanto, ele trabalha com hunting ativo dos candidatos, visando identificar, atrair e integrar os melhores profissionais à empresa. 

Analista de RH 

O departamento também precisa de um Analista de RH para identificar, acompanhar e executar as demandas do setor, como a garantia dos direitos de todos os trabalhadores da equipe. Ele, portanto, é responsável por acompanhar a cultura organizacional e desenvolver estratégias de retenção de talentos, como PDI (Plano de Desenvolvimento Individual) e planos de carreira. 

Executando as metodologias que geram mais performance 

Quando estiver montando times em startups, o empreendedor deve se atentar às metodologias ágeis, pois elas garantem maior performance no ambiente corporativo e geram menos custos. 

Mas o que são metodologias ágeis? 

Ela é uma cultura baseada em aumento de produtividade, redução de custos e busca de melhores resultados. 

Enfim, se é possível conduzir processos ágeis, dá para melhorar os índices de produtividade e assim alcançar bons resultados. 

Na execução de projetos, é essencial ter fluxos padronizados e com boas práticas, de preferência, documentadas. Assim, a equipe não atua no escuro, mas com os objetivos e caminhos pré-definidos. 

Entre as metodologias ágeis mais adotadas nas startups, temos o Scrum, que é um framework de regras e métodos com diretrizes de “como fazer” alcançando assim melhor performance. 

Há também o Design Sprint, que é uma maneira ágil, estruturada e colaborativa de conceituar e tangibilizar uma ideia em um curto espaço de tempo.

Ele é recomendado quando a empresa percebe um atraso entre conceito e entrega, além de outras situações. 

Há ainda um modelo adotado nas startups, que é o de Squads, que não chega a ser uma metodologia, porém, facilita os trabalhos quando é adotado. 

Os Squads são um modelo organizacional que une pessoas de diferentes áreas em prol do trabalho em conjunto. Tradicionalmente, as equipes são formadas por pessoas do mesmo setor. No entanto, o squad pode conter um desenvolvedor, um profissional de marketing e outro de vendas, pensando juntos em uma solução apresentada. 

Formando times 

Se você pretende criar uma startup duradoura e de sucesso, é muito importante dar uma atenção especial à formação dos seus times, seja de produto, de operações, de vendas, de marketing e de people. 

Certamente, tudo vai depender do estágio em que a startup se encontre, mas nunca é demais pensar em crescer suas operações para conquistar mais clientes e aumentar o seu faturamento. 

Justamente por isso, cada passo precisa ser bem estudado e estruturado, com profissionais engajados com os propósitos da empresa. 

Desse modo, procure traçar uma estratégia a médio e longo prazo, sempre tendo como norte o propósito do negócio e onde ele pode chegar. 

Assim, invista em uma cultura de feedback, de upskilling e baseie-se em metodologias ágeis que façam sua startup se expandir. 

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Conclusão 

Montando times em startups pode ser uma tarefa desafiadora, mas no contexto em que vivemos, de alta competitividade e exigência do mercado consumidor, é necessário ter foco e objetivos bem definidos. 

Além disso, contar com empresas que possam lhe guiar nas melhores práticas e decisões. Nesse sentido, a Coodesh é uma startup que oferece uma plataforma completa e eficiente no recrutamento de times de tecnologia, especializada em testagens de desenvolvedores. 

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