Acessibilidade digital: como os desenvolvedores podem construir sites acessíveis

acessibilidade digital

A acessibilidade digital não é um conceito novo. Mas os desenvolvedores precisam lançar um olhar sobre este tema para construir sites mais acessíveis. 

Afinal de contas, este será cada vez mais um diferencial no mercado, além de ser uma responsabilidade social. 

Por essa razão, veja o que já existe em termos de acessibilidade digital e como o desenvolvedor pode usar esse conhecimento para agregar valor ao seu portfólio. 

O que é acessibilidade digital? 

A acessibilidade digital é a eliminação de barreiras na web. Os sites do governo, de escolas, de lojas virtuais e de entretenimento devem fornecer condições para que todas as pessoas com deficiência e de qualquer idade possam navegar e interagir nas páginas. 

Existem leis e protocolos para que os sites sejam mais acessíveis. No entanto, os desenvolvedores, que são peças-chave nesta transformação, ainda não estão inteiramente envolvidos nessa jornada. 

Muitas empresas alegam falta de tempo e de recursos para implantar funcionalidades que possibilitem a acessibilidade digital. Entretanto, na grande maioria dos casos, a adoção de recursos inclusivos não representa custos extras. 

Quem pode ser beneficiado?

Num primeiro momento, quando se fala em acessibilidade digital, nos vêm à cabeça pessoas com deficiência visual. 

Contudo, além de pessoas com deficiência em geral, pessoas idosas também são beneficiadas com sites acessíveis. 

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) mostra que 6,2% dos brasileiros têm algum tipo de deficiência. Isso inclui deficiência auditiva, visual, física e intelectual. Toda essa parcela da população teria autonomia para usar a web, bem como os aplicativos móveis. 

Além disso, o brasileiro está vivendo mais. A expectativa de vida é de 72,2 anos para homens e 79,3 anos para mulheres (em 2022), segundo o IBGE. Portanto, mais pessoas idosas vão usar os websites. A tendência é que a expectativa de vida continue crescendo, e os idosos continuem mais ativos. 

Construir interfaces com funcionalidades que atendam a esses públicos é um desafio para desenvolvedores. 

Acessibilidade digital deve começar no planejamento do projeto  

Em alguns casos, a simples incorporação de tags HTML especiais ao código já funciona para deixar o projeto mais acessível a pessoas com deficiência e idosos. 

Mas muitas empresas ainda não priorizam essas ações na criação de seus projetos, como websites e aplicativos. Portanto, cabe também ao desenvolvedor a missão de olhar com carinho para as suas aplicações e verificar o quão acessível ela está e pode ser modificada. 

Nesse sentido, é interessante lembrar que a acessibilidade digital deve começar no projeto. Coloque a acessibilidade na sua rotina de trabalho. Pense, por exemplo, em fontes maiores, cores que tenham um bom contraste (evitando assim barreiras para quem tem daltonismo ou baixa visão), entre outras medidas. 

Conheça as diretrizes de acessibilidade para conteúdo web 

As páginas da web devem ser:

  1. Perceptíveis; 
  2. Operáveis;
  3. Compreensíveis;
  4. Robustas. 

Esses princípios estão elencados no documento chamado Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web, divulgado em 2008. Atualmente, eles fazem parte da Norma ISO/IEC 40500:20125.

Entenda melhor cada princípio: 

Perceptíveis: um conteúdo perceptível deve ser integralmente compreendido. Um vídeo sem legenda não é compreendido por uma pessoa surda.

Operáveis: os websites precisam permitir uma boa navegação por parte do usuário. Portanto, ele deve se sentir no comando. Sites que fecham automaticamente após um certo período de tempo ou que não tenham boas práticas de UX (Experiência do Usuário) não são operáveis. 

Compreensíveis: esse princípio está ligado ao primeiro, dos sites perceptíveis. Isso porque aquilo que não é percebido não é compreendido. Assim, os sites precisam ter uma linguagem padrão para que uma pessoa de um nível secundário de instrução possa compreender. 

Robustos: um website deve ser robusto, ou seja, ser compatível com vários dispositivos e acolher tecnologias assistivas (recursos usados por pessoas com deficiência para ler ou ouvir conteúdos na web). 

Entendendo acessibilidade

O W3C é uma comunidade internacional que engloba uma equipe em tempo integral com especialistas do setor e várias organizações. O objetivo é trabalhar juntos para desenvolver padrões para a World Wide Web. 

Segundo a cartilha do W3C, para compreender esse contexto, é preciso ter em mente o que representa os seguintes termos: 

Acessibilidade: quando uma pessoa com deficiência pode perceber, entender, navegar e interagir nos websites. 

Usabilidade: desenvolver websites eficientes, efetivos e satisfatórios nos aspectos que impactem em todas as pessoas. 

Inclusão: garantir o envolvimento de todas as pessoas, incluindo pautas como inclusão digital, social, de gênero e raça, educação, cultura, entre muitos outros. 

Conclusão 

Apenas 2% das páginas governamentais são acessíveis no Brasil, segundo a pesquisa “Dimensões e características da web brasileira: um estudo do .gov.br”, feita pela W3C. 

Já dá para imaginar que os sites comerciais também não são acessíveis. Dessa forma, a acessibilidade digital precisa estar em pauta e começar a produzir frutos. 

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Escrito por Especialista Coodesh

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