Vantagens e desvantagens da semana de 4 dias

semana de 4 dias

A sua atual empresa deseja adotar a semana de 4 dias para testar como será a produtividade do time, bem como atrair e reter mais talentos? Então, confira as principais vantagens e desvantagens desse modelo. 

A jornada reduzida, sem comprometimento do salário, tem feito sucesso em países como a Islândia, no norte europeu. Reflexo da pandemia e da popularização do home office, a jornada reduzida é vista como um incentivo aos trabalhadores. 

Além disso, trabalhando um dia a menos na semana, espera-se reduzir as ocorrências de Burnout, pois o profissional pode ganhar mais tempo para fazer atividades de lazer e esportes. 

Entretanto, nem todas as empresas e trabalhadores estão preparados, pois pode haver uma sobrecarga de trabalho nos dias úteis. 

Veja, nesse sentido, as principais vantagens e desvantagens da semana 4×3 lendo este conteúdo até o fim. 

Vantagens 

  • Atração e retenção de talentos, pois os profissionais se sentem mais à vontade para organizar suas rotinas pessoais;  
  • Redução do absenteísmo, já que os funcionários podem reservar um dia da semana para ir ao médico ou dentista; 
  • Maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional; 
  • Maior produtividade nos dias úteis, já que é preciso concentrar as demandas; 
  • Redução nas despesas diárias da empresa (água, luz, telefone, limpeza, café); 
  • Redução do fluxo de veículos nas ruas. 

Desvantagens

  • Nem todos os profissionais podem ser beneficiados, pois há funções que demandam trabalhos diários; 
  • Algumas empresas podem não se adaptar e exigir cargas excessivas nos dias úteis; 
  • Gestores podem acabar pressionando os funcionários para não faltar nos dias úteis, visto que têm um dia de folga na semana; 
  • Falta de entendimento por parte do profissional, que pode não se adaptar ao modelo ao ter que gerenciar suas tarefas com um dia a menos. 

O que é semana de 4 dias? 

A semana de 4 dias ou escala 4×3 representa 4 dias trabalhados e 3 de folga. Assim, pode-se eleger um dia da semana de folga, como segunda ou sexta-feira, conforme a orientação da empresa. 

Pela legislação brasileira, não há qualquer problema em reduzir a jornada. Atualmente, um trabalhador celetista, ou seja, com carteira assinada, pode trabalhar até 8 horas por dia e 44 horas por semana.  

Com a adoção da semana de 4 dias, os times trabalham 32 horas, com o salário mantido sem cortes. 

Quando a jornada reduzida teve origem?

Embora pareça novidade, a jornada de trabalho reduzida já era debatida em 2007. Aliás, um dos pioneiros no assunto foi o empresário e escritor norte-americano Tim Ferris. Ele escreveu “The 4-Hour Workweek: Escape 9-5, Live Anywhere, and Join the New Rich” onde trazia as principais características da jornada, cujo nome dado pelo autor era “design de estilo de vida”. 

Mas foi após a pandemia da Covid-19 que esse modelo ganhou mais destaque, pois ele está mais alinhado ao home office e ao trabalho híbrido. 

Portanto, esse novo mundo do trabalho tem ganhado mais aderência dos trabalhadores. Afinal de contas, as organizações constataram que uma jornada mais flexível era capaz de manter e até melhorar a produtividade do trabalhador. 

Quais os impactos da semana 4×3? 

Economia, menos trânsito e menos poluição são alguns dos impactos da semana de 4 dias nas cidades. 

Enfim, escritórios fechados representam menos gastos de luz, água, telefone e até o desejado cafezinho. 

Com os trabalhadores em casa, os carros ficam nas garagens e não aumentam os congestionamentos nas ruas. Assim, o meio ambiente agradece. Aliás, um levantamento feito no Reino Unido mostra que a jornada menor poderia reduzir em mais de 20% a pegada de carbono em 2025.

Quais os reflexos da semana de 4 dias na saúde mental do trabalhador? 

A jornada flexível já é considerada um atrativo para os colaboradores das empresas. Para se ter uma ideia, uma pesquisa do IWG (International Workplace Group), que atua na promoção do modelo híbrido de trabalho, verificou que 83% dos profissionais são mais produtivos em jornadas flexíveis. 

Sendo assim, dá para imaginar os efeitos positivos de uma semana de 4 dias nas pessoas. Isso porque uma das queixas dos trabalhadores é a jornada excessiva de trabalho, com agendas lotadas, reuniões infindáveis, metas e pressões diárias. 

Tal rotina é responsável por muitos casos de Burnout, que é um distúrbio com sintomas de exaustão extrema. Enfim, uma pesquisa da Pebmed aponta que 1 em cada 3 profissionais sofrem de Burnout no Brasil. 

Inclusive, a OMS (Organização Mundial da Saúde) passou a considerar o Burnout como uma doença do trabalho a partir de 2022. 

Em contrapartida, a adoção do modelo de semana de 4 dias pode amenizar esses índices. Um dos únicos estudos desse impacto foi feito pelo Perpetual Guardian, empresa da Nova Zelândia, que trouxe os seguintes resultados após analisar trabalhadores da sua equipe que trabalhavam 4 dias na semana durante um período de testes em 2018: 

  • 7% de redução no índice de estresse; 
  • 5% de aumento de satisfação geral com o trabalho; 
  • 78% de equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional (antes, na semana de 5 dias, a taxa era de 54%). 

Quem está adotando a semana de 4 dias? 

Como você viu, a Islândia é um dos países que adotou a semana de 4 dias de trabalho. Mas países como Reino Unido, Portugal, Canadá, Estados Unidos, Austrália, Japão e Nova Zelândia já começaram a testar o novo modelo do mundo do trabalho. 

A Alemanha, por sua vez, tem adotado o modelo de meio período. Por lá, cerca de 15 milhões de pessoas trabalham 30 horas por semana. Conforme os especialistas em RH, elas conseguem um bom equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. 

A Shopify, empresa canadense de comércio eletrônico, implantou a semana de 4 dias no verão, há dois anos, mantendo os resultados da jornada convencional. No Brasil, o modelo ainda está sendo debatido, mas já começa a ser adotado em algumas empresas com gestão mais flexível. 

Uma das empresas com jornada reduzida é a startup Zee.Dog, com atuação no mercado pet. A política é adotada desde 2020. 

O que a Lei de Parkinson tem a ver com a semana de 4 dias? 

Você já conhece a Lei de Parkinson? Ela é bem mais antiga que o modelo da semana de 4 dias, mas guarda relações com ela. 

Descrita pela primeira vez em 1955 pelo historiador inglês Cyril Northcote Parkinson, a Lei de Parkinson sugere que o volume de trabalho ocupa a totalidade do tempo que ele tem disponível. 

Portanto, dentro dessa visão, o mesmo trabalho que você faria em 5 dias, faria também em 4. O historiador, inclusive, usou dados da Marinha Real Inglesa para demonstrar sua tese, que foi publicada na revista The Economist na época. 

Conclusão 

A semana de 4 dias ainda levanta muitas dúvidas e discussões por parte de empresas e profissionais. Entretanto, é importante lembrar que ela é uma tentativa para melhorar o clima nas organizações e alcançar resultados mais favoráveis para ambos os lados. 

E quando falamos nesse alinhamento, é necessário lembrar que o recrutamento exerce um papel fundamental, visto que é preciso trazer pessoas mais alinhadas à cultura organizacional para ter mais assertividade. 

Sendo assim, a Coodesh é uma startup remota de recrutamento de desenvolvedores que pode auxiliar o seu RH a melhorar os seus processos. 

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