Estudo de caso: conheça a cultura organizacional no Airbnb

cultura organizacional no airbnb

Experiência e relações humanas. Essas são as palavras-chave da cultura organizacional no Airbnb. A startup norte-americana, presente em 191 países, se baseia na experiência do hóspede e do anfitrião para oferecer a melhor solução em serviço de hospedagem. E também quer proporcionar uma boa experiência ao funcionário, que pode escolher entre trabalhar no modelo presencial ou remoto, entre outros benefícios. 

A startup nasceu em 2008 da necessidade de dois amigos de dividirem as despesas do apartamento em que moravam após um reajuste de aluguel. Hoje ela conta com 5 mil funcionários em todo o mundo e é considerada case de sucesso no RH. 

Mas como aplicar as boas práticas da empresa, que está avaliada em mais de US$ 100 bilhões, em pequenas e médias startups? Confira alguns insights neste conteúdo. 

Quem é o Airbnb?

Todos conhecem o Airbnb, mas não custa nada relembrar um pouco da sua história e da sua presença atual no mercado. 

Ele surgiu em 2008 dentro do contexto de economia colaborativa, que é baseada no compartilhamento de bens e serviços sem precisar adquiri-los. É neste mesmo cenário que surgiu o Uber em 2009. 

Dois jovens de São Francisco, na Califórnia, Estados Unidos, precisavam dividir as despesas de um apartamento após um reajuste do aluguel. Foi quando eles souberam que iria ocorrer um evento na cidade com geração de demanda de hospedagem. 

Eles anunciaram “Air Bed and Breakfast” e, para surpresa, houve interessados. Assim, a ideia foi ganhando corpo e eles lançaram o Airbnb, que hoje tem 150 milhões de usuários.

No início, todos pensaram que seria uma loucura alguém aceitar abrir as portas da sua casa para desconhecidos. Entretanto, com a formatação do projeto foi possível conquistar simpatizantes, que usam o serviço devido à experiência de se sentir em casa e não num quarto impessoal de hotel. 

Como é o employer branding?

Com o tempo, a startup gerou muitos processos internos para atrair e reter uma equipe alinhada à cultura organizacional no Airbnb. 

Um deles é o employer branding, que é a marca empregadora, responsável também por gerar uma experiência positiva no colaborador. 

Por essa razão, entre os benefícios corporativos oferecidos estão: 

  • Universidade corporativa;
  • Bolsa-auxílio;
  • Bolsa de estudo;
  • Vale-alimentação;
  • Vale-refeição;
  • Estacionamento;
  • Bicicletário;
  • Vale-transporte;
  • Assistência médica e odontológica;
  • Seguro de vida;
  • Horário flexível. 

Além disso, uma questão que está no centro das discussões do RH ultimamente é o trabalho remoto. No Airbnb, os funcionários podem escolher qual modelo trabalhar. Veja mais a seguir. 

Como o trabalho remoto é tratado?

O CEO e fundador do Airbnb, Brian Chesky, mandou um e-mail para toda a equipe no início de 2022 informando que os funcionários poderiam trabalhar onde se sentissem mais produtivos. 

Além disso, que o trabalho remoto seria adotado permanentemente mesmo após o controle da pandemia da Covid-19. 

Antes da pandemia, a empresa adotava o modelo presencial. Porém, seus escritórios tinham plantas mais modernas, parecendo-se com uma casa, ou ainda abertos, sem salas privativas. Assim, as pessoas podiam escolher em qual estação trabalhar. 

Aliás, o modelo já estava sendo adotado em outras empresas jovens do Vale do Silício, além de Google e Meta. 

5 recursos do trabalho remoto e flexível 

Chesky também anunciou no Twitter os 5 recursos principais da política de flexibilidade da empresa no que diz respeito ao trabalho remoto. Veja quais são esses recursos e se eles fariam sentido para a sua empresa: 

  1. Você pode trabalhar em casa ou no escritório;
  2. Pode se mudar para qualquer lugar do país e sua remuneração não será alterada (visto que em cidades menores, as empresas costumam pagar menos);
  3. Você tem a flexibilidade de viver e trabalhar em 170 países por até 90 dias por ano em cada local (incentivando ser nômade digital);
  4. Haverá encontros regulares para reuniões de equipe, sendo que a maioria dos funcionários se conectará pessoalmente a cada trimestre por cerca de uma semana;
  5. Haverá um roteiro com dois lançamentos de produtos principais por ano, fazendo a equipe trabalhar de forma coordenada (seja presencial, remoto ou híbrido).

Cultura baseada nas relações humanas 

O ponto forte da cultura organizacional no Airbnb é a crença na força das relações humanas. Afinal, a empresa nasceu acreditando que as pessoas são boas. Assim, hóspede e anfitrião não tentariam tirar proveito um do outro nem causariam prejuízos financeiros. 

É claro que já houve problemas e ainda haverão, mas a empresa trabalha firme no propósito de que as relações humanas podem ser boas. 

Além disso, o Airbnb acredita na força das comunidades. Dessa forma, a startup foca no compartilhamento de informações e a redução de barreiras entre as pessoas. 

Pertencimento 

O profissional alinhado com essa cultura, também é estimulado a se sentir integrado à organização, que incentiva o pertencimento.

Segundo os fundadores, por muito tempo se pensou que o Airbnb era uma startup de aluguel de casas. Mas, na verdade, todos estamos em casa. Por isso, essa noção de pertencer a qualquer lugar do mundo. 

Com os funcionários tendo a liberdade de trabalhar em qualquer cidade que desejarem, tendo apenas um endereço fixo para correspondências e normas trabalhistas, o Airbnb incentiva a liberdade.  

Aliás, a marca passou recentemente por um processo de rebranding. Nesse contexto, ela lançou o slogan #belonganywhere. Com isso, os funcionários passaram a se sentir ainda mais parte da organização. 

Importância da cultura organizacional no Airbnb 

O CEO e fundador do Airbnb, Brian Chesky, escreveu um e-mail à equipe no ano de 2013 valorizando a cultura organizacional no Airbnb. 

O texto, que pode ser conferido aqui, afirma que tudo pode mudar, menos a cultura. Aliás, ela está presente em cada detalhe, desde a forma de enviar um e-mail até uma decisão importante para o mercado. 

De maneira geral, o CEO pediu que ninguém estragasse a cultura da empresa, pois através dela nem é preciso criar tantos processos internos, visto que as tarefas fluirão de maneira mais natural. 

Nossa cultura é a base da nossa empresa. Podemos não ser muito lembrados depois que nos formos, e se o Airbnb for daqui a 100 anos, certamente não seremos um site de reservas para casas. Estaremos muito além disso em nossa evolução (sem mencionar que, daqui a 100 anos, as crianças perguntarão aos avós quais eram os sites).

Brian Chesky, fundador do Airbnb

Conclusão 

Embora ainda vejamos muitas empresas com culturas organizacionais baseadas em hierarquia e no modelo tradicional, é importante encontrar inspiração em organizações como o Airbnb, que cresceu alinhado com o contexto de compartilhamento de bens, apostando nas relações humanas. 

Portanto, é necessário que a empresa já nasça definindo o seu propósito, com o seu respectivo papel na sociedade. 

Gostou do modelo de cultura organizacional do Airbnb? Saiba mais também sobre a cultura do home office neste conteúdo do blog da Coodesh. 

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