Entrevistar QA: veja um roteiro com 50 perguntas para encontrar o profissional ideal

O profissional de QA é essencial para garantir a entrega de produtos de alta qualidade e a satisfação dos usuários

Analista de Qualidade

Entrevistar QA é mergulhar no universo da promoção da qualidade dos softwares. Este profissional exerce um papel fundamental nas equipes de tecnologia que consiste na garantia de um bom produto para o usuário. Ele tem a missão de impedir que os erros cheguem ao consumidor, trabalhando para que a experiência do cliente seja cada vez mais positiva. 

Mas você deve estar pensando sobre quais perguntas técnicas fazer a este profissional. Além de todas as questões de fit cultural e de alinhamento geral que o recrutador deve fazer, os questionamentos técnicos vão avaliar a qualidade do candidato, indo muito além dos certificados e da experiência expressa na carteira de trabalho. 

Qual é o papel do profissional de QA?

Para entender melhor o seu papel, antes de tudo é importante compreender o que é QA nas empresas de tecnologia. QA é a sigla de Quality Assurance ou Garantia de Qualidade, em português. 

Por mais que os desenvolvedores tenham processos de testagem de qualidade dos softwares para evitar bugs, as pessoas QAs são essenciais para checar a qualidade do produto como um todo, com uma visão mais abrangente. 

Este profissional é responsável por verificar se os critérios e métodos estão sendo seguidos, se há possíveis desvios que possam comprometer a qualidade do produto, prevenir defeitos antes que cheguem ao usuário e, em suma, aumentar a confiança na marca com um produto de excelência.  

Para isso, o engenheiro de QA utiliza determinadas ferramentas, como: Selenium, Appium, Cypress (na automação de testes), Jira, Bugzilla, MantisBT (no rastreamento de bugs) e muitas outras. Então, ao entrevistar QA identifique se ele cita essas ferramentas.

Portanto, o recrutador deve garantir que o futuro QA da equipe domine as práticas do setor, com experiência e proatividade para superar os desafios, inclusive o uso de Inteligência Artificial. Isso porque o profissional é importante para a equipe e requisitado nas empresas. Para se ter uma noção, o salário médio é de R$ 7,6 mil (segundo o Glassdoor), e o número de vagas abertas no LinkedIn chega a 2,6 mil. 

Então, a missão do recrutador é entrevistar QA alinhado com os anseios da empresa e que se sinta engajado no time e na proposta do negócio. Sendo assim, confira as perguntas a seguir para ir bem preparado para a entrevista técnica com o candidato. 

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Perguntas para entrevistar QA do nível Júnior 

1 – O que é QA?

QA (Quality Assurance) é o processo de garantir a qualidade de um produto de software, prevenindo defeitos antes que cheguem ao usuário final. Envolve metodologias, testes e boas práticas para assegurar que o software atenda aos requisitos funcionais e não funcionais, garantindo confiabilidade e desempenho.

2 – Qual é a sua importância no ciclo de desenvolvimento de software?

O QA é essencial para identificar e prevenir erros desde as fases iniciais do desenvolvimento, reduzindo custos e retrabalho. Ele garante que o software atenda aos requisitos, funcione corretamente e ofereça uma boa experiência ao usuário. Além disso, melhora a eficiência do time, ajudando a entregar produtos mais estáveis e confiáveis.

3 – O que é um bug de software?

Um bug de software é um erro, falha ou comportamento inesperado no sistema que faz com que ele não funcione conforme o esperado. Pode ser causado por falhas no código, requisitos mal definidos ou problemas de integração. Bugs podem impactar a experiência do usuário, a segurança e o desempenho do software.

4 – Explique a diferença entre teste manual e automatizado.

O teste manual é realizado por um testador que executa os casos de teste sem o uso de scripts, sendo mais flexível para validações exploratórias e visuais. Já o teste automatizado usa scripts e ferramentas para validar funcionalidades repetitivas, garantindo maior velocidade, cobertura e eficiência, especialmente em testes de regressão.

5 – Qual é a diferença entre gravidade e prioridade?

Gravidade indica o impacto técnico de um bug no sistema, podendo afetar sua funcionalidade, segurança ou desempenho. Prioridade define a urgência com que o bug deve ser corrigido, baseada no impacto para o usuário e nos objetivos do negócio. Um bug crítico pode ter alta gravidade e baixa prioridade, dependendo do contexto.

6 – O que é um caso de teste (test case) e o que ele deve incluir?

Um caso de teste é um conjunto de condições e passos definidos para validar se uma funcionalidade do software funciona corretamente. Deve incluir ID, descrição, pré-condições, passos a serem seguidos, dados de entrada, resultado esperado e resultado real (quando executado). Isso garante repetibilidade e rastreabilidade no processo de teste.

7 – Explique a diferença entre estratégia de teste e plano de teste. 

A estratégia de teste é um documento de alto nível que define a abordagem geral dos testes, incluindo metodologias, tipos de teste e critérios de aceitação. O plano de teste é mais detalhado e específico para um projeto, contendo escopo, cronograma, recursos, responsabilidades e casos de teste a serem executados.

8 – O que são planos de teste?

Ao entrevistar QA, identificar o que é plano de teste é essencial. Planos de teste são documentos que descrevem a abordagem, escopo, objetivos, recursos e cronograma dos testes em um projeto. Eles definem os tipos de teste a serem executados, os ambientes de teste, os critérios de entrada e saída, além das responsabilidades da equipe, garantindo organização e cobertura eficiente dos testes.

9 – O que você entende por ‘ciclo de vida do defeito’ (defect lifecycle)?

O ciclo de vida do defeito representa as etapas que um bug percorre desde sua identificação até sua resolução. Normalmente, inclui status como Novo, Em análise, Em correção, Corrigido, Em teste e Fechado. Isso ajuda a gerenciar e rastrear a resolução dos problemas de forma eficiente no processo de desenvolvimento.

10 – Quando iniciar a garantia de qualidade?

A garantia de qualidade deve ser iniciada desde as fases iniciais do desenvolvimento, idealmente durante o planejamento e análise de requisitos. Isso permite identificar e corrigir problemas antes que se tornem mais difíceis e caros de resolver, garantindo que o produto final atenda aos requisitos e tenha qualidade desde o início do ciclo de vida.

11 – Explique as diferenças entre garantia de qualidade, controle de qualidade e testes.

Garantia de Qualidade (QA) é um processo proativo que visa melhorar os processos de desenvolvimento para prevenir defeitos e garantir a qualidade do produto final. Controle de Qualidade (QC) é uma abordagem reativa focada em identificar e corrigir defeitos durante a produção, por meio de inspeções e testes. Testes são uma parte do controle de qualidade, consistindo na execução de casos de teste para verificar se o software atende aos requisitos e funciona conforme o esperado.

12 – Quais são os tipos básicos de teste de software? Cite exemplos.

Os tipos básicos de teste de software incluem o teste funcional, que verifica se o software atende aos requisitos funcionais, como os testes de integração e de sistema; o teste não funcional, que avalia aspectos como desempenho, segurança e usabilidade, incluindo testes de carga, segurança e usabilidade; o teste de regressão, que garante que mudanças no código não afetem funcionalidades existentes; e o teste de aceitação, que verifica se o software atende às necessidades do cliente, como no teste de aceitação do usuário (UAT).

13 – Aponte as diferenças entre os comandos Assert e Verify.

O comando Assert é usado para validar condições críticas nos testes, e, se a condição falhar, ele interrompe a execução do teste, indicando que o teste não passou. Já o comando Verify é usado para verificar uma condição sem interromper o teste; ele registra o erro, mas permite que o teste continue, permitindo a análise de múltiplos erros em uma execução.

14 – Quais métricas são cruciais na avaliação da qualidade do produto?

As métricas cruciais para avaliar a qualidade do produto incluem a taxa de defeitos, cobertura de testes, tempo de resposta, satisfação do usuário e taxa de falhas, que ajudam a identificar áreas de melhoria e garantir um produto de alta qualidade.

15 – Como pode ser definido um caso de uso?

Ao entrevistar QA, identique que um caso de uso é uma descrição detalhada de como os usuários interagem com o sistema para alcançar um objetivo específico. Ele define o fluxo de ações entre o usuário e o sistema, incluindo os passos necessários para realizar uma tarefa, as condições de sucesso e as exceções que podem ocorrer durante a interação.

16 – O que é teste da caixa preta e teste da caixa branca?

O teste da caixa preta foca na verificação das funcionalidades do sistema sem considerar o código interno, ou seja, o testador avalia a saída do sistema com base em entradas fornecidas, sem saber como o sistema processa essas informações. Já o teste da caixa branca envolve o exame do código-fonte e estrutura interna do sistema, permitindo que o testador analise caminhos, condições e fluxos dentro do código para garantir sua correta execução.

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17 – O que é um teste de regressão e como ele é realizado?

O teste de regressão verifica se alterações no código, como correções de bugs ou novas funcionalidades, não afetaram negativamente as funcionalidades existentes. Ele é realizado reexecutando casos de teste anteriores para garantir que o sistema continue funcionando conforme esperado após as modificações. Normalmente, é feito de forma automatizada para garantir maior cobertura e eficiência.

18 – Explique o conceito de automação de testes. 

A automação de testes é o processo de usar ferramentas e scripts para executar testes de forma automática, sem a necessidade de intervenção manual. O objetivo é aumentar a eficiência, repetir testes com rapidez e reduzir erros humanos, especialmente em testes repetitivos, como os de regressão, garantindo maior cobertura e agilidade no ciclo de desenvolvimento.

19 – Quais ferramentas de automação de testes você já utilizou?

Algumas das ferramentas populares de automação de testes incluem Selenium, para testes de interface web; JUnit e TestNG, para testes unitários em Java; Appium, para testes em aplicativos móveis; Jenkins, para integração contínua e execução automatizada de testes; e Cucumber, que permite escrever testes em linguagem natural. A escolha da ferramenta depende do tipo de aplicação e dos requisitos do projeto.

20 – Como você documenta e reporta defeitos encontrados durante o processo de teste?

Defeitos encontrados durante o processo de teste são documentados utilizando ferramentas de gerenciamento de bugs, como Jira ou Bugzilla, onde são registrados detalhes como descrição, passos para reproduzir, severidade, prioridade e ambiente de teste. O relatório também inclui capturas de tela ou logs de erro, quando aplicável. Após a documentação, os defeitos são reportados ao time de desenvolvimento para correção, com acompanhamento contínuo do status de resolução.

21 – Qual é a diferença entre testes funcionais e não funcionais?

Os testes funcionais verificam se o sistema atende aos requisitos e funcionalidades específicas, como login, cálculos ou processamento de dados. Já os testes não funcionais avaliam aspectos como desempenho, segurança, usabilidade e confiabilidade, assegurando que o sistema não apenas funcione corretamente, mas também ofereça uma experiência satisfatória e opere bem sob diferentes condições.

22 – Como você prioriza casos de teste em um projeto com prazos apertados?

Em um projeto com prazos apertados, priorizo casos de teste com base no risco e impacto. Começo pelos testes mais críticos, que envolvem funcionalidades essenciais ou áreas de maior risco, como integrações e segurança. Em seguida, foco em testes de regressão para garantir que alterações não afetem o sistema. Caso o tempo seja muito limitado, posso utilizar testes automatizados para acelerar a execução de testes repetitivos.

23 – Como usar a metodologia Six Sigma em seus trabalhos?

A metodologia Six Sigma no QA foca na melhoria contínua e redução de defeitos, usando o ciclo DMAIC (Definir, Medir, Analisar, Melhorar e Controlar) para identificar problemas, analisar causas, implementar melhorias e monitorar os resultados, garantindo a qualidade e eficiência no processo de testes.

24 – Como você determina quando usar teste manual e teste automatizado?

O teste manual é utilizado para interações complexas e casos únicos, enquanto o teste automatizado é ideal para testes repetitivos, de regressão e de alta cobertura, oferecendo mais rapidez e eficiência em funcionalidades críticas. A escolha depende da frequência e complexidade do teste.

25 – Como você avalia a eficácia de um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ)?

A eficácia de um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) é avaliada com base em indicadores como taxa de defeitos, satisfação do cliente, conformidade com normas e processos e a eficiência operacional. A análise dos resultados dos testes, a redução de falhas e o feedback contínuo das partes interessadas também ajudam a medir a eficácia do SGQ.

26 – Qual é a diferença entre QA e teste de software?

QA (Garantia de Qualidade) é um processo abrangente e proativo que visa melhorar os processos de desenvolvimento de software, assegurando que o produto final atenda aos padrões de qualidade. Já o teste de software é uma atividade específica dentro do QA, focada em identificar e corrigir defeitos, validando se o software funciona conforme esperado. QA envolve toda a prevenção de defeitos, enquanto o teste é a detecção.

27 – Explique o que é testware.

Testware refere-se a todos os artefatos criados durante o processo de teste de software, como casos de teste, scripts de automação, dados de teste, planos de teste e ferramentas utilizadas. Esses recursos são usados para planejar, executar e avaliar os testes, garantindo que o software seja validado de maneira eficaz e eficiente.

28 – O que é teste orientado por dados?

O teste orientado por dados utiliza diferentes conjuntos de dados de entrada para validar como o sistema lida com cenários variados, aumentando a cobertura e identificando falhas que poderiam ser perdidas com dados limitados.

29 – O que são as etapas do ciclo de bugs?

O ciclo de bugs envolve identificar e documentar o defeito, classificá-lo, atribuí-lo ao desenvolvedor para correção, testar a correção e, finalmente, fechar o bug após garantir que o problema foi resolvido.

30 – O que é teste ágil e sua importância?

O teste ágil é uma abordagem de testes que segue os princípios do desenvolvimento ágil, com ciclos curtos e interação constante entre a equipe de desenvolvimento e QA. Sua importância está em garantir a entrega contínua de software de qualidade, permitindo testes rápidos, feedback constante e ajustes durante o ciclo de desenvolvimento, além de promover colaboração e flexibilidade nas mudanças.

31 – Quais são alguns erros comuns cometidos por QAs?

Erros comuns de QAs incluem não atualizar casos de teste, negligenciar testes não funcionais, não priorizar testes críticos, falhar na comunicação de defeitos e não realizar testes de regressão adequados, o que compromete a qualidade do produto final.

32 – Qual é o maior desafio que os profissionais de QA enfrentam hoje?

O maior desafio enfrentado pelos profissionais de QA hoje é garantir a cobertura e eficiência dos testes em um ambiente de desenvolvimento ágil, onde mudanças rápidas e constantes no código exigem adaptações frequentes nos testes. Isso inclui equilibrar a qualidade do produto com prazos apertados e a necessidade de automação para aumentar a velocidade sem comprometer a eficácia dos testes.

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Perguntas para entrevistar QA do nível Sênior 

33 – Explique como você configuraria uma estrutura de automação de testes do zero.

Configuro a estrutura de automação escolhendo ferramentas, organizando pastas, implementando testes críticos e integrando com ferramentas de CI, garantindo manutenção e monitoramento contínuo.

34 – O que são testes de carga (load testing) e estresse (stress testing)? 

Testes de carga avaliam o desempenho sob a carga esperada, enquanto testes de estresse verificam o comportamento do sistema além de sua capacidade normal, até o ponto de falha.

35 – Como você garante a cobertura de testes em aplicações altamente complexas?

Para garantir a cobertura de testes em aplicações complexas, priorizo cenários de risco, utilizo testes manuais e automatizados, aplico testes de caixa preta e branca, realizo testes de regressão e mantenho uma documentação clara e revisão constante dos casos de teste.

36 – Você já trabalhou com Continuous Integration/Continuous Deployment (CI/CD) no contexto de QA?

Sim, trabalhei com CI/CD, configurando ferramentas como Jenkins para automatizar testes a cada commit e garantindo que os testes validassem as versões antes do deployment, melhorando a eficiência e qualidade no ciclo de desenvolvimento.

37 – Como você utilizaria métricas de teste para melhorar o processo de QA?

Eu utilizaria métricas como cobertura de código, taxa de defeitos e tempo de execução para otimizar o processo de QA, priorizando testes críticos, melhorando a eficiência e ajustando processos conforme necessário para garantir a qualidade do software.

38 – Como garantir a qualidade na fase de design de um produto?

Para garantir a qualidade na fase de design, realizo análises de requisitos, envolvo a equipe de QA desde o início, faço revisões constantes de design, testes de usabilidade e asseguro o uso de padrões e melhores práticas.

39 – Como você integra o feedback do usuário ao seu processo de garantia de qualidade?

Integro o feedback do usuário ao processo de QA coletando opiniões durante testes beta ou entrevistas, analisando problemas recorrentes e ajustando os casos de teste. Isso ajuda a priorizar bugs e refinar testes de usabilidade e desempenho, garantindo que o produto atenda melhor às necessidades dos usuários.

40 – Qual é a importância da Análise de Modo e Efeito de Falha (FMEA)?

A Análise de Modo e Efeito de Falha (FMEA) é importante porque ajuda a identificar e avaliar potenciais falhas em um produto ou processo, permitindo que os riscos sejam mitigados antes de causarem danos. Ela prioriza os problemas com base em sua gravidade, probabilidade e detectabilidade, auxiliando na melhoria da confiabilidade e na redução de custos com falhas futuras.

41 – Como priorizar tarefas numa crise de qualidade com aumento de defeitos em produtos?

Em uma crise de qualidade, priorizo defeitos críticos e de alta frequência, corrigindo os que mais afetam os usuários e mantêm impacto maior. A comunicação constante e ajustes nos processos de qualidade são essenciais para evitar recorrências.

42 – Quais as vantagens do teste manual?

As vantagens do teste manual incluem a capacidade de detectar falhas de usabilidade e problemas de experiência do usuário, além de ser mais flexível para testar cenários complexos ou mudanças frequentes. Ele também é útil em testes exploratórios e quando a automação não é viável devido a custos ou complexidade do sistema.

43 – Aponte as diferenças entre um número de compilação e um número de versão.

O número de compilação é gerado automaticamente a cada compilação, enquanto o número de versão é atribuído manualmente para identificar versões estáveis do software.

44 – Como explicar um vazamento de bugs e um lançamento com bugs?

Um vazamento de bugs ocorre quando falhas não são detectadas durante o processo de testes e acabam sendo entregues ao cliente ou ao ambiente de produção. Já um lançamento com bugs acontece quando a equipe decide liberar o produto, apesar de ainda haver falhas conhecidas, geralmente devido a prazos apertados ou decisões estratégicas.

45 – Você pode descrever sua abordagem para conduzir uma análise de causa raiz?

Para conduzir uma análise de causa raiz, reúno dados, utilizo técnicas como os 5 Porquês ou o Diagrama de Ishikawa para identificar as causas subjacentes e, em seguida, implemento ações corretivas e preventivas, realizando testes para garantir que o problema não se repita.

46 – Como você lida com casos em que os padrões de qualidade do produto não são atendidos?

Faço uma análise detalhada para identificar as causas, como falhas no processo de desenvolvimento ou falhas nos testes. Em seguida, coloco em prática ações corretivas, como ajustes nos testes ou melhorias no processo, e faço um acompanhamento para garantir que os padrões sejam atendidos nas futuras versões do produto.

47 – Você pode descrever sua abordagem para orientar e desenvolver QAs juniores em sua equipe?

Para orientar QAs juniores, ofereço uma base sólida de conhecimento, incentivo o aprendizado prático, forneço feedback construtivo e acompanho o progresso, além de promover mentoria e treinamentos contínuos.

48 – Dê-me alguns exemplos de casos em que é apropriado conduzir testes de regressão.

Testes de regressão são apropriados quando há alterações no código, como a implementação de novas funcionalidades, correções de bugs ou atualizações de dependências. Também são necessários após refatorações de código ou quando há modificações em sistemas interdependentes.

49 – Descreva uma estratégia de teste que você considerou eficaz.

Minha estratégia de teste inclui uma combinação de testes manuais e automatizados, começando com testes de unidade, seguidos de testes de integração e sistema. Também realizo testes de regressão e usabilidade, priorizando as áreas críticas do sistema.

50 – Quais ferramentas de teste você usa no seu dia a dia?

No meu dia a dia, uso ferramentas como Selenium para automação de testes de interface, Jira para rastreamento de defeitos e TestRail para gerenciar casos de teste. Também utilizo Postman para testes de API e Jenkins para integração contínua e automação de builds.

Como utilizar essas perguntas no processo seletivo?

Para utilizar essas perguntas para entrevistar QA e escolher o candidato mais qualificado para a vaga, é importante ter em mente alguns tópicos a fim de aproveitar essa etapa da melhor maneira possível: 

Primeiro: adapte as perguntas ao perfil da vaga. Você pode usar perguntas mais voltadas ao nível iniciante, observando se as respostas mostram o pleno entendimento dos conceitos ligados à qualidade.

Segundo: observe a profundidade das respostas, verificando se o candidato apresenta congruência com os certificados e experiências apresentados no currículo. Procure instigar no candidato o modo como ele resolverá as questões que se apresentam no dia a dia. 

Terceiro: ao entrevistar QA peça exemplos de experiências vividas nos estudos ou trabalhos anteriores, seja em projetos pessoais ou profissionais. Dessa forma, você poderá identificar pontos de melhoria, que podem ser trabalhados nos programas de desenvolvimento, e também as potencialidades do candidato que podem ser exploradas logo no início das tarefas após a contratação. 

Conclusão

Entrevistar QA não é uma tarefa difícil, mas se não houver uma diretriz pode ser um desafio para você que é recrutador ou head de tecnologia. E neste conteúdo você encontrou 50 perguntas que podem ser feitas aos candidatos, distribuídas entre questões direcionadas para profissionais iniciantes, intermediários e avançados. 

As respostas apresentadas para a hora de entrevistar QA são apenas um resumo para você tomar como fundamentação, mas cada candidato por ir além nas suas explanações, levando você a discernir os mais qualificados para a vaga. 

Outra forma eficiente de encontrar candidatos alinhados às suas demandas é por meio do uso de uma plataforma de assessments, ou seja, de avaliação de profissionais. Aproveitamos para apresentar a Coodesh, que segue esse modelo para ajudar as empresas a encontrar os talentos certos para as suas equipes. 

A Coodesh valida profissionais das mais diversas áreas da tecnologia, como profissionais de QA, com um extenso banco de questões, testes práticos e trilhas de conhecimento que levam os talentos a se desenvolverem. 

Antes de entrevistar QA, aproveite para conhecer melhor a plataforma e identificar como você pode otimizar a contratação de profissionais tech.

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