Carreira em W: como os funcionários e as empresas podem desenvolver este modelo de desenvolvimento profissional? Primeiramente, é importante saber que neste formato, o profissional pode oscilar entre um técnico operacional e um líder gerencial de pessoas ou projetos. Na maioria das corporações, o talento que se destaca é promovido a diretor de sua área. Entretanto, há outros caminhos de desenvolvimento a trilhar. Conheça melhor esse padrão agora.
Todas as empresas que realizam plano de carreira podem incluir no seu radar um modelo de carreira em W entre todos os outros modelos de desenvolvimento profissional. É importante ter em mente que os profissionais seguem uma escala de progresso desde quando são contratados. As empresas podem focar no sucesso de cada talento da equipe.
Afinal, o sucesso de cada profissional repercute no crescimento da empresa, pois quando o colaborador trabalha no que gosta, é mais feliz e produtivo, refletindo em todas as outras áreas da vida pessoal e profissional. Com empresas cada vez mais competitivas no mercado, o alto desempenho de cada pessoa do seu time faz a diferença na execução e conclusão de projetos.
O que é uma carreira em W?
A carreira em W é um modelo de desenvolvimento profissional no meio corporativo que consiste na trajetória de especialização do colaborador que pode oscilar entre ser um técnico ou um líder de pessoas ou de projetos. Portanto, o modelo permite alternar entre as duas funções sem a necessidade de optar por apenas um caminho.
A letra W é escolhida para definir este modelo porque ela lembra dois Vs, onde cada um representa um caminho na trajetória profissional. Sendo assim, o W reforça que os colaboradores de uma empresa com plano de carreira em execução têm autonomia e poder de escolha para vivenciar as duas áreas, com mais consciência e liberdade.
Qual é a diferença dos modelos em T, Y e W?
Além da carreira em W, existem os modelos em T e em Y. Os três estão na pauta de consultores, gestores e dos próprios profissionais que olham para suas carreiras com estratégia e desejo de crescimento.
Primeiramente, o modelo em T é aquele em que o profissional segue um caminho de especialização (representado pela barra vertical) e desenvolve conhecimentos complementares (simbolizado na barra horizontal) para contribuir com seus colegas de outros setores.
Em segundo lugar, temos o modelo em Y, no qual o profissional segue um caminho de especialização, mas em dado momento da sua carreira ele precisa tomar uma decisão: seguir o caminho da liderança, tornando-se um gerente, um coordenador ou um líder de equipe, ou se manter no caminho técnico, dando o seu melhor no meio operacional.
Já no modelo de carreira em W, como você viu acima, o profissional pode escolher os dois caminhos — técnico e gerencial — em diferentes momentos da sua jornada.
Portanto, cabe ao profissional e à empresa estudar, planejar, dialogar e pesar os prós e contras para a melhor tomada de decisão.
Quem pode se beneficiar de uma carreira em W?
Pessoas que têm um perfil técnico avançado, mas que também possuem habilidades de liderança são os principais beneficiados com a construção de uma carreira em W. Assim, eles podem intercalar as funções para colocar seus talentos nos projetos em execução.
Mas as empresas que têm uma cultura mais flexível e que permitem que os funcionários migrem seus postos de atuação também são beneficiadas. Isso porque com um técnico na função de líder, entenderá melhor as demandas do setor operacional. Por outro lado, quando estiver na posição de técnico, compreenderá melhor as limitações da liderança diante de uma necessidade do seu setor.
Colaboradores que são executores, mas não têm habilidades de liderança de pessoas, porém, se sentem confortáveis na posição de coordenadores de projetos, também podem ser beneficiados pelo modelo em W.
Como estruturar uma carreira em W?
Ao estruturar uma carreira em W é necessário planejar a ascensão na área técnica e gerencial. Essa diretriz exige ainda mais atenção do profissional e da empresa, pois serão dois objetivos, com suas respectivas metas, para alcançar.
Nesse sentido, é preciso definir duas trilhas paralelas, com seus respectivos conteúdos e caminhos de aprendizagem. No lado técnico, é importante se nutrir de todos os avanços e tendências de sua área de atuação. No lado gerencial, é necessário ter uma visão sistêmica de negócio, além de desenvolver habilidades de liderança de pessoas, reconhecendo-se como um líder, um mentor e uma pessoa que deve ser referência na equipe. Já do lado da coordenação de projetos, o profissional também precisa desenvolver um amplo conhecimento sobre processos, mercado, qualidade e metodologias.
Portanto, o PDI (Plano de Desenvolvimento Individual) deste profissional deve contemplar as duas áreas, pensando em todos os pormenores e indicadores para avaliar as suas condições reais e os melhores caminhos para o desenvolvimento.
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Benefícios da carreira em W
Embora possa parecer mais complexo por envolver dois caminhos possíveis, este modelo também é vantajoso para empresas e profissionais que desejam viver novos desafios na carreira.
O profissional vê mais flexibilidade neste modelo, podendo ter mais liberdade nas suas escolhas. Além disso, quando ele se desligar da empresa e buscar outros caminhos, ele terá em sua trajetória a experiência de ter passado pelo operacional e pelo gerencial. Assim, este profissional se tornará ainda mais requisitado, ampliando a sua visão sobre o mercado.
As empresas, por sua vez, também são beneficiadas por esse formato. Isso porque elas conseguem reter profissionais que anseiam posições de coordenação, aprimoram a sua cultura organizacional e se posicionam como uma empresa visionária e que dá espaço para o crescimento dos seus talentos.
Como resultado, se esperam colaboradores mais engajados e motivados. O profissional sênior, especialista em sua área, que transita entre o operacional e a liderança, serve de inspiração para os demais colegas da equipe, que podem seguir o mesmo modelo.
Desafios e como superá-los
Para quem deseja seguir a carreira em W existem alguns desafios. É importante tomar consciência deles e traçar estratégias para vencê-los.
O primeiro deles é conciliar as responsabilidades técnicas e gerenciais. Por mais que tais responsabilidades sejam desenvolvidas em diferentes momentos, elas exigem a concentração de energia em diferentes trilhas de conhecimento. Ao mesmo tempo em que o profissional terá que se preocupar com o seu desenvolvimento operacional, ele também terá que ativar suas habilidades de coordenação, gerenciamento e liderança.
O treinamento e o desenvolvimento devem ser contínuos. Neste contexto, as empresas exercem um papel importante, pois podem oferecer testes, validações e treinamentos. Afinal, o objetivo é desenvolver o funcionário, mas antes de tudo é necessário conhecer o perfil de cada um, com um diagnóstico preciso de quais são os pontos fracos e fortes.
O mais importante, porém, é o alinhamento de expectativas entre empresa e profissional. Se a carreira em W funciona para ambos, é preciso concentrar esforços para seguir o modelo.
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As empresas devem ter uma cultura organizacional flexível, com valores bem fundamentados em liberdade e autonomia dos seus colaboradores. A partir daí, devem incluir esse objetivo no plano de carreira dos seus funcionários. Assim, os profissionais com mais predisposição para este modelo já devem contemplar essa diretriz nos seus respectivos PDIs.
Os gestores de pessoas também podem pensar em implementar programas de mentoring, com iniciativas que ajudem profissionais a tomar decisões assertivas sobre suas carreiras.
Outro passo importante é mapear as habilidades do seu time com o uso de plataformas como a Coodesh, que tem um software de mapeamento de skills capaz de testar os conhecimentos dos profissionais em variadas áreas. Com o resultado, o profissional é orientado, por meio do uso de Inteligência Artificial na combinação de dados e algoritmos, a seguir por determinadas trilhas de estudos.
Por último, a empresa também pode se valer de políticas de incentivo interno que abrangem desde bônus até treinamentos que valorizem profissionais que reconhecem a cultura de inovação e transformação.
Conclusão
O sucesso de qualquer empresa depende do sucesso das pessoas abrangidas pela corporação. Portanto, é papel de cada “CNPJ” pensar no desenvolvimento de cada “CPF”. Nesta jornada, estão incluídas as expectativas dos gestores e dos talentos contratados.
Mas, acima de tudo, é preciso saber ouvir os colaboradores. Não adianta “forçar” uma promoção para um posto de gerência se o profissional não se sente confortável numa posição que exige mais tomada de decisão e liderança.
Portanto, é essencial conhecer o perfil de cada funcionário, seus sonhos e seus talentos. Para testar as habilidades dos seus colaboradores, aproveite para conhecer o Coodesh Skills, uma solução da Coodesh voltada para o diagnóstico das habilidades. Clique aqui para se cadastrar na plataforma gratuitamente e saber mais.