A carreira em Y diz muito sobre o que o profissional almeja quando chega ao topo da carreira. Tornar-se um técnico referência na sua área ou um gerente, liderando equipes e abrindo mão da operação? O mercado de trabalho exige profissionais cada vez mais qualificados, no entanto, quando alguém se especializa e vira um profissional de sucesso, ele geralmente é promovido a uma função de gerência. Mas nem sempre esse é o caminho desejado pelo talento. Então, qual é o caminho ideal?
Por muitos anos, as empresas promoviam a gerente os profissionais que mais se destacavam na equipe. Quando um colaborador estava se desenvolvendo muito bem em seu setor, ele era convidado à liderança. Assim, o seu posto era ocupado por outro profissional nem tão qualificado. Essa transição era marcada por algum reflexo negativo na produção, pois o novo profissional tinha que se adaptar, entender toda a complexidade da função para, somente então, retomar o mesmo ritmo do colega que se tornou um diretor.
Do mesmo modo, o novo líder também precisava se adaptar à nova posição, superando desafios pessoais e profissionais para conduzir a equipe. Contudo, nem sempre essa era uma decisão voluntária. Afinal, muitas vezes o profissional deseja continuar atuando como técnico e não como alguém à frente de uma equipe. Porém, com a adoção da carreira em Y pode-se prever esse cenário e se preparar melhor para a decisão.
O que é uma carreira em Y?
Uma carreira em Y aponta para dois caminhos: o da atuação técnica e operacional e o da gerencial. O profissional pode optar por continuar trabalhando no setor operacional ou liderando uma equipe.
E por que em “Y”? Como você vê, a letra representa uma bifurcação. Há uma linha reta vertical, que representa a trajetória do profissional, com seus conhecimentos e vivências acumuladas ao longo dos anos. Na extremidade, há duas retas menores e com tamanhos semelhantes, indicando dois caminhos a serem seguidos.
Desse modo, esse modelo se diferencia do que é praticado tradicionalmente no mercado, onde o profissional passa automaticamente para uma posição de gerente quando não há mais promoções possíveis.
Porém, é bom lembrar que este modelo exige mais planejamento por parte da empresa e mais flexibilidade e posicionamento por parte do profissional. Se a sua decisão for pelo caminho da liderança, ele precisará trabalhar outras habilidades internas, especialmente, se reconhecer como um líder e se posicionar.
Benefícios da carreira em Y
Quando a empresa desenvolve um plano de carreira pensando no profissional em Y é possível atrair muitas vantagens para a corporação.
Profissional
O talento tem o poder de escolha de forma consciente e sem amarras. Ele tem a liberdade de dizer que não aceita um posto de gerência, ao mesmo tempo em que pode escolher a liderança sem se preocupar com a transição.
Empresa
Com uma política de estimular a autonomia dos seus funcionários, a empresa pode adotar esse lema no tripé missão, visão e valores, enaltecendo a sua cultura organizacional. Como resultado, vai atrair mais talentos e retê-los com mais facilidade. Além disso, terá líderes mais conectados aos setores técnicos, pois muitos profissionais virão do setor técnico.
Quem pode se beneficiar de uma carreira em Y?
Profissionais do mundo corporativo, em geral, podem se beneficiar do modelo de carreira em Y. Além disso, empresas que trabalham com o planejamento de planos de carreira com objetivos e expectativas alinhadas com os colaboradores. Mas quem pode ser diretamente atingido por esse modelo?
Especialistas: os profissionais técnicos que se especializaram em suas áreas, com cursos de graduação e pós-graduação, experiências internacionais, docentes e outras vivências.
Líderes: talentos que visam posições de liderança e se prepararam para isso, eliminando bloqueios e crenças, se especializando para liderar equipes e despertar talentos.
Empresas: corporações que valorizam a flexibilidade e a liberdade dos seus colaboradores, apontando mais de um caminho de desenvolvimento para que cada profissional se sinta valorizado e respeitado em suas decisões.
Como estruturar uma carreira em Y na empresa?
A empresa pode estruturar uma carreira em Y no momento em que realiza o plano de carreira de seus funcionários. Para isso, é importante que ela defina trilhas de desenvolvimento dentro de um viés técnico e de um gerencial.
No cenário técnico é essencial que os gestores ofereçam e motivem cursos técnicos com as mais recentes tendências e tecnologias usadas na função. Além disso, realizar testes de mapeamento de habilidades para conhecer o nível real de habilidades e competências do profissional.
Já no cenário gerencial, a empresa pode estimular a liderança e o posicionamento do profissional. O objetivo é fazer com que ele se posicione como líder, desenvolvendo sua comunicação e inteligência emocional para lidar com os mais diferentes conflitos e perfis de liderados.
SAIBA MAIS
Como profissionais podem decidir qual caminho seguir?
Decidir-se entre ser um profissional sênior e especialista ou um gerente de time nem sempre é fácil. Mas é preciso pensar sobre qual caminho seguir para que seja uma decisão consciente e não apenas ser levado pelo mercado, tornando-se o risco de ser infeliz na área escolhida ou não render o desejado. Para a tomada de decisão, é importante seguir alguns passos:
Autoavaliação: o profissional deve refletir sobre suas habilidades, seus desejos profissionais, o que pretende fazer nos próximos anos da sua carreira, a remuneração que almeja e a sua realização pessoal.
Feedback de gestores: é importante conversar com os gestores e pedir um feedback sobre seus pontos fortes e de melhoria. Além disso, se ele tiver um mentor ou consultor de carreira também é interessante consultá-lo.
Desafios de implementação da carreira em Y
Ao colocar a carreira em Y no radar, a empresa deve se cercar de alguns cuidados. Isso porque esse modelo não pode privilegiar nem uma nem outra escolha. Se houver uma preferência dos gestores, as trilhas de desenvolvimento não serão equilibradas. Com isso, pode-se comprometer a decisão dos colaboradores, o que não é saudável.
Outro quesito é a remuneração. Não se pode ter uma grande disparidade entre a carreira técnica e a liderança, apesar da complexidade de cada área. Na carreira técnica, o talento contribuirá com a empresa com a execução de tarefas, enquanto que na carreira gerencial, o talento vai agregar valor com sua visão estratégica e coordenação.
Em ambos os caminhos, a empresa deve deixar bem claro aos talentos as oportunidades, critérios de progressão, responsabilidades e expectativas com relação a cada cargo.
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Como a Coodesh pode apoiar no desenvolvimento de carreiras em Y?
A Coodesh possui um software de avaliação de habilidades que irá contribuir com empresas que estão inserindo a carreira em Y no plano de carreira dos seus funcionários. Isso porque para saber qual caminho escolher, é imprescindível conhecer o nível de habilidades de todos os talentos.
Nesse sentido, é fundamental que a empresa realize testes de habilidade com assessments técnicos. Por meio das respostas dadas, será possível identificar os pontos fortes e os pontos de melhoria. Assim, consegue-se direcionar as trilhas de desenvolvimento.
O PDI (Plano de Desenvolvimento Individual) também é um recurso importante. Ele ajuda a traçar caminhos claros de desenvolvimento, de acordo com o perfil de cada colaborador. É preciso apenas estruturar os objetivos, metas e prazos conforme o diagnóstico de cada pessoa.
Portanto, a Coodesh atende a essas demandas, pois utiliza avaliação baseada em Inteligência Artificial e oferece recomendações de conteúdos a serem estudados e aprofundados pelos talentos cadastrados na plataforma.
Conclusão
A carreira em Y é um caminho de desenvolvimento profissional e pessoal. As empresas podem incentivar seus funcionários a chegarem ao topo profissional como técnicos em suas áreas, alcançando um posto de especialista. Como benefícios, as corporações terão profissionais com amplo conhecimento, atuantes em seus cargos operacionais e responsáveis por entregas excepcionais.
Mas também podem desenvolver futuros gerentes, com visão sistêmica do negócio, e posicionamento de líder, com uma bagagem de resolução de problemas e visão crítica.
Nos dois caminhos, porém, é crucial entender as reais habilidades e competências. Para isso acontecer, os testes de skills são importantes recursos.
Nesse cenário, a Coodesh pode contribuir para diagnósticos precisos que vão orientar os gestores nos melhores projetos, com amplo conhecimento de cada talento contratado.Saiba mais sobre mapeamento de habilidades clicando aqui.
